Por que é importante fazer adoração ao Santíssimo Sacramento?

Por que é importante fazer adoração ao Santíssimo Sacramento? Foto: reprodução Pascom Santuário Nossa Senhora de Guadalupe

Nem todos os encontros mudam uma vida — mas alguns sim. Para muitos católicos, estar diante do Santíssimo Sacramento em silêncio, escuta e adoração é um desses momentos que transforma. Porém, o que de fato significa adorar Jesus na Eucaristia e por que é tão importante?

Santos e Papas ensinaram que a adoração eucarística é fonte central da vida espiritual. O Catecismo da Igreja Católica afirma:

“A presença eucarística de Cristo começa no momento da consagração e dura enquanto as espécies eucarísticas subsistirem. Cristo está presente todo em cada uma das espécies e todo em cada uma das suas partes, de maneira que a fração do pão não divide Cristo” (CIC, 1377).

Essa presença real é o motivo de toda adoração. Jesus está verdadeiramente ali. Diante Dele, o coração se aquieta, a alma se abre e a fé se aprofunda.

Adorar é reconhecer a presença viva de Jesus

O termo adoração vem do latim adoratio (ad oris, para a boca); gesto reverencial de tocar com a mão direita a pessoa ou objeto sagrado — e cobrir a boca com a mão esquerda. É um gesto de reconhecimento de algo sagrado, divino. Quando nos ajoelhamos diante do Santíssimo Sacramento, não estamos diante de um símbolo ou memória: estamos diante do próprio Cristo.

São João Paulo II, na encíclica Ecclesia de Eucharistia, disse:

“A Eucaristia, presença salvífica de Jesus na comunidade dos fiéis e seu alimento espiritual, é o que de mais precioso pode ter a Igreja no seu caminho ao longo da história”.

A adoração fora da Santa Missa é permitida?

Sim, é permitida e recomendada. A adoração ao Santíssimo Sacramento fora da Santa Missa acontece quando a hóstia consagrada é exposta solenemente em ostensório ou guardada no tabernáculo. O Código de Direito Canônico reforça esse direito dos fiéis:

“A não ser que obste uma razão grave, a igreja em que se conserva a santíssima Eucaristia esteja todos os dias, ao menos por algumas horas, aberta aos fiéis, para que eles possam consagrar algum tempo à oração diante do santíssimo Sacramento.” (CDC, cân. 937)

Pode-se adorar tanto em momentos de exposição solene — como as Horas Santas ou bênçãos com o Santíssimo — quanto em visitas a uma capela ou igreja onde o sacrário está presente. Nesses momentos, mesmo em silêncio, podemos fazer atos de fé, esperança, amor e reparação.

Ainda segundo o CDC: “a ninguém é lícito conservar a Eucaristia na própria casa ou levá-la consigo em viagens, a não ser urgindo uma necessidade pastoral e observando-se as prescrições do Bispo diocesano”.

Papa Bento XVI, na homilia durante o Congresso Eucarístico Nacional em Bari, destacou: “Adorar o Cristo eucarístico significa encontrar um refúgio de luz, de esperança e de amor para cada um de nós e para o mundo inteiro” (Homilia, 29 de maio de 2005).

Muitos santos viveram essa verdade. Santa Teresa de Calcutá dizia que seu dia só começava verdadeiramente após uma hora diante do Santíssimo. São João Maria Vianney, o Cura d’Ars, encontrava força para guiar sua paróquia.

Ao reconhecer a presença de Jesus na Eucaristia, também somos chamados a reconhecê-Lo nos pobres, nos doentes, nos marginalizados. A adoração verdadeira nos transforma interiormente e nos impulsiona à caridade ativa.

“A Eucaristia é ‘fonte e ápice de toda a vida cristã’.” (Lumen Gentium, 11)

 

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