Imagine que um único litro de leite materno pode alimentar até 10 recém-nascidos prematuros por dia. Ainda assim, mais de 40% das unidades neonatais brasileiras não recebem o suficiente para suprir as necessidades desses bebês. Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 55% da demanda por leite humano doado é atendida atualmente no Brasil.
A campanha do Agosto Dourado, que é símbolo da luta pelo incentivo à amamentação, também chama atenção para a doação de leite materno, ato de amor e solidariedade que salva vidas, especialmente de bebês internados em UTIs neonatais.
Para esclarecer e incentivar novas doadoras, reunimos cinco mitos e verdades sobre o tema, com base em informações da Rede Brasileira de Leite Humano (rBLH Brasil), da Fiocruz, e do Ministério da Saúde.
É comum as mães pensarem que doam pouco, mas mesmo pequenas quantidades são preciosas. Um único mililitro pode ser suficiente para nutrir um recém-nascido de muito baixo peso, que ainda não consegue ingerir volumes maiores. Um litro pode alimentar até 10 bebês por dia.
Na verdade, só pode doar quem está amamentando. A doação é sempre do leite excedente, ou seja, aquele que sobra depois que o próprio bebê já mamou o suficiente. Todo o processo é orientado pelos bancos de leite humano, que acompanham a saúde da mãe e da criança.
Não é necessário produzir grandes volumes para doar. De acordo com a Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano, qualquer quantidade é válida. A coleta pode ser feita de forma domiciliar, com frascos fornecidos pelo banco de leite, e muitas vezes há serviço de busca na própria casa da doadora.
Não há um limite exato de tempo. Enquanto a mulher estiver amamentando e com produção excedente, pode ser uma doadora. O importante é estar em boas condições de saúde e seguir os cuidados de higiene e armazenamento recomendados.
Apesar de ser referência mundial com 227 bancos de leite e 241 postos de coleta, o Brasil ainda não atende a totalidade da demanda. Em 2024, mais de 219 mil bebês prematuros ou de baixo peso foram beneficiados, mas a meta é crescer ainda mais. Segundo o Ministério da Saúde, se o número de doadoras aumentasse 5%, já seria possível atender 60% das necessidades atuais.
Para aquelas que amamentam e têm leite excedente, doar é um gesto que transforma vidas. Bebês internados em UTIs dependem desse alimento para se desenvolver e sobreviver.
Para doar leite materno, entre em contato com um Banco de Leite Humano próximo a você ou ligue para o número 136, do Ministério da Saúde.
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Fontes:
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