A primeira santa das Américas e padroeira do Peru, terra do coração do Papa Leão XIV

A primeira santa das Américas e padroeira do Peru, terra do coração do Papa Leão XIV

O Peru é um país reconhecido pela fé católica e pela devoção mariana. Nessa terra, também nasceu aquela que se tornaria a primeira santa do continente americano: Santa Rosa de Lima.

Canonizada em 1671 pelo Papa Clemente X, ela é padroeira do Peru, das Filipinas e também de toda a América.

Esse mesmo país tem hoje um vínculo especial com a Igreja: foi lá que Papa Leão XIV viveu muitos anos, serviu como bispo e, em 2015, se naturalizou cidadão peruano.

De Isabel a Rosa de Santa Maria

Santa Rosa nasceu em Lima em 1586 e recebeu o nome de batismo Isabel Flores de Oliva. Desde pequena, chamavam-na de “Rosa”, por causa da beleza delicada de seu rosto. Mais tarde, ao ingressar na Ordem Terceira de São Domingos, escolheu o nome de Rosa de Santa Maria, devido à devoção à Virgem.

Inspirada por Santa Catarina de Sena, decidiu viver consagrada a Deus como leiga e permaneceu em sua casa. Fez de uma pequena cela no jardim o seu espaço de oração e penitência, onde passava horas em intimidade com Cristo.

A vida de Santa Rosa não foi fácil. Após a falência dos negócios da família, ela conheceu de perto a pobreza. Trabalhou com o cultivo de horta, como doméstica e bordadeira para sustentar os pais. Transformava cada oportunidade em missão. Ao entregar os bordados, aproveitava para evangelizar e testemunhar sua fé.

Com coragem e amor, abriu um espaço na casa paterna para acolher pobres, crianças abandonadas e idosos, muitos deles indígenas esquecidos pela sociedade colonial. A vida unia contemplação e ação, oração e serviço.

Experiências místicas

Santa Rosa viveu experiências místicas e abraçou a Paixão de Cristo como caminho de amor. Costumava repetir: “Fora da Cruz não existe outra escada por onde subir ao céu” (cf. CIC, 618). Em suas dores, pedia apenas que aumentasse também o amor por Jesus.

Essa união a Cristo era tão evidente que, ainda em vida, religiosos e cientistas examinaram seus dons e reconheceram neles sinais de graça. Após sua morte, em 1617, uma multidão participou de seu enterro, e já se falava dela como santa.

Caminho da santidade

A Tradição conta que Santa Rosa foi amiga de São Martinho de Lima, outro grande santo peruano. Juntos, serviram aos pobres e enfermos em uma cidade pequena e cercada de muros, onde a fé era transmitida pelo testemunho simples e cotidiano.

A sua fama de santidade se espalhou rapidamente: em 1669, foi proclamada padroeira do Peru, e em 1670, das Américas e das Filipinas. Apenas dois anos depois, sua canonização foi celebrada em Roma.

Santa Rosa é exemplo de fé, simplicidade, amor e coragem. Neste ano, a sua memória tem ainda um motivo especial de celebração para fiéis de todo o mundo, já que o Papa Leão XIV é naturalizado cidadão do Peru e tem suas raízes espirituais ligadas à mesma terra que viu nascer a primeira santa das Américas.

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