“Deposição da Cruz”, de Caravaggio e “Madonna de Foligno”, de Rafael: destaques da Pinacoteca Vaticana
Entre os Museus Vaticanos, um espaço é ainda mais especial para contemplação: a Pinacoteca Vaticana. A galeria de pinturas abriga séculos de arte sacra e história da fé cristã. Mais de 400 obras, criadas entre os séculos XII e XIX, contam, em cores e traços, a própria história da Igreja.
A Pinacoteca Vaticana foi inaugurada em 27 de outubro de 1932, durante o pontificado de Pio XI, para reunir e preservar o acervo artístico dos Papas. O edifício, projetado pelo arquiteto Luca Beltrami, foi construído junto aos jardins do Vaticano, com iluminação natural ideal para valorizar cada obra.
Antes disso, as pinturas ficavam dispersas pelos Palácios Apostólicos e mudavam de lugar conforme as necessidades da época. A coleção começou a se formar no século XVIII, com cerca de 120 obras reunidas por Pio VI, mas sofreu perdas durante o período napoleônico. Após o Congresso de Viena, em 1817, parte das obras foi recuperada, e o sonho de um espaço permanente se concretizou apenas no século XX.
A Pinacoteca conta com 18 salas, organizadas em ordem cronológica, que mostram a evolução da arte religiosa, do estilo medieval ao Renascimento e ao barroco. Cada ambiente é uma experiência espiritual e estética.
Pelas diferentes fases da arte cristã, as obras mostram como a beleza sempre foi um caminho para aproximar o ser humano de Deus. Entre os artistas presentes estão Giotto, Fra Angelico, Perugino, Leonardo da Vinci, Rafael, Caravaggio e Poussin. Cada um expressou, à sua maneira, a fé e o mistério cristão.
Entre as obras mais célebres estão:

“São Jerônimo”, obra inacabada de Da Vinci e “A Transfiguração”, última pintura de Rafael
O prédio foi pensado para preservar as obras com o máximo de cuidado, com atenção à temperatura e à luminosidade ideais. O acervo revela a universalidade da Igreja, com obras de várias escolas italianas, da Toscana, da Úmbria, de Veneza e de Roma.
Para muitos visitantes, a Pinacoteca é um dos lugares mais tranquilos dos Museus Vaticanos, justamente por ficar fora do percurso mais concorrido da Capela Sistina. É possível contemplar cada obra com calma e entender como a arte sempre foi instrumento de evangelização.
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