Santa Brígida: padroeira da Suécia, matriarca espiritual da Europa e mãe de outra Santa

Uma vida de muitas realizações pela espiritualidade e pela salvação de almas. Essa é a biografia de Santa Brígida, fundadora da Ordem do Santíssimo Salvador, mãe da também Santa Catarina da Suécia e proclamada padroeira da Suécia. O Papa Emérito Bento XVI a elogiou em 2010 como exemplo do papel e da dignidade da mulher na Igreja.

Santa Brígida, nascida em 1302 na Suécia, teve uma vida de experiências místicas. Inicialmente, ela foi uma esposa dedicada e mãe de oito filhos, incluindo a futura Santa Catarina da Suécia. Ao lado do marido, adotou a Regra das Terciárias Franciscanas e fundou um pequeno hospital. Grande estudiosa da Bíblia, era reconhecida pela pedagogia. Após a morte de seu marido, Ulf, depois de duas décadas de casamento, se dedicou completamente a uma vida de oração, penitência e caridade.

Ela tinha visões místicas. Em algumas delas, Nossa Senhora a inspirou a desenvolver a devoção às Sete Dores. Nas suas revelações aprovadas pela Igreja, a Mãe de Jesus lhe prometeu conceder sete graças a quem rezar todos os dias sete Ave-Marias em honra das suas principais “sete dores”, meditando a seu respeito. As promessas são:

1. Colocarei a paz em suas famílias.

2. Serão iluminados sobre os Divinos Mistérios.

3. Eu os consolarei em suas penas e os acompanharei nos seus trabalhos.

4. Eu lhes concederei tudo o que me pedirem, desde que não se oponha à vontade do meu adorável Divino Filho e à santificação de suas almas.

5. Eu os defenderei nos combates espirituais contra o inimigo infernal e os protegerei em todos os instantes da vida.

6. Eu os assistirei visivelmente no momento da morte e eles verão o rosto de Sua Mãe Santíssima.

7. Obtive de meu Filho que aqueles que propagarem esta devoção sejam levados desta vida terrena à felicidade eterna diretamente, pois lhes serão apagados todos os pecados e meu Filho e eu seremos a sua eterna consolação e alegria.

Após a morte do esposo, Brígida vendeu suas posses e escolheu uma vida monástica no mosteiro cisterciense de Alvastra. Ela também teve outras revelações, como as Quinze Orações reveladas por Nosso Senhor Jesus Cristo, que prometeu graças especiais aos devotos.

Canonização e veneração

Santa Brígida faleceu em Roma aos 70 anos, em 23 de julho de 1373. Foi canonizada apenas 18 anos após sua morte por Bonifácio IX. Inicialmente venerada como padroeira da Suécia, São João Paulo II a proclamou copadroeira da Europa em 1999 pelas suas constantes lutas pela paz do continente.

Um dos seus principais legados foi a Ordem do Santíssimo Salvador, fundada por ela. Em 1349, Santa Brígida fez uma peregrinação a Roma para buscar a aprovação do Papa para a sua Ordem, dedicada ao Santíssimo Salvador, que deveria ser composta, segundo seu desejo, de monjas e religiosas. Na época, decidiu se estabelecer no local, em uma casa na Praça Farnese, que ainda hoje é sede da Cúria Geral das Brigidinas.

Porém, como conta Vatican News, a Santa sofria devido aos costumes e degradação na cidade, que ressentia muito pela ausência do Papa, que, na época, vivia em Avinhão. Ela e Santa Catarina de Sena pediam encarecidamente ao Papa para voltar ao túmulo de Pedro.

Santa Brígida, rogai por nós!