Sorrir é mesmo o melhor remédio? Há quem acredite na máxima e o “riso” tem até dia nacional especial de comemoração: 6 de novembro. Mais que uma ação física, sorrir é sobre se sentir bem, curtir um momento, achar algo engraçado ou mesmo levar a vida – ou pelo menos parte dela – de maneira bem-humorada e com leveza.
Sobre esse assunto, a psicóloga Giovana Bonagura Bonini compartilha três dicas que costuma passar aos pacientes e também utilizar na própria vida. São sobre expectativas, preservação da própria paz, flexibilidade para mudar de rumo e escolher naturalizar as situações que a vida apresenta.
“Muitas vezes, a gente gasta a nossa energia e nosso tempo argumentando, estudando, dando embasamento para falar sobre uma questão e aquela pessoa não vai saber diferenciar uma pérola de uma cenoura podre”, compara a profissional, explicando que esse comportamento está diretamente relacionado a se fechar à opinião ou ao conhecimento do outro, quando a pessoa “tem a sua opinião e acabou”.
Não é uma questão de não ter acesso à informação ou a conhecimento, mas de não querer ouvir ou se abrir. Ou seja: não invista tanto do seu tempo e energia em um esforço que vai ser em vão, pelo menos para aquele momento de vida do interlocutor.
As pessoas tendem a apostar todas as fichas em um plano ou objetivo únicos e, quando ele não é conquistado, podem ficar frustradas e, consequentemente, sem espaço para encarar a vida com leveza, bom humor e risos.
“O segundo conselho é, basicamente, não contar apenas com uma resposta. É melhor contar com várias e assim estar preparado pra todas as situações que possam ocorrer, desde a coisa mais básica às decisões mais sérias”, reflete a psicóloga.
É preciso levar a vida com mais leveza, menos peso. É o que defende Giovana.
“Sobre isso, dou o exemplo de um paciente meu, que recebeu o diagnóstico de uma doença rara. Ele e a esposa brincam muito sobre isso no dia a dia, pois ela também tem um diagnóstico de uma doença neurológica. São duas situações que são trágicas aos olhos dos outros, mas o que essas pessoas fazem? Brincam, levam com leveza. E isso não é uma displicência, não é ser ignorante, mas ter consciência e pensar ‘ok, qual o meu objetivo pra lidar com isso? Pode ser com aprendizado’”.
Papa Francisco é autor do livro “A alegria de um sorriso” (editora Albatroz). Depois de uma viagem à Tailândia, o Pontífice percebeu que o sorriso, que caracteriza esse povo gentil e nobre, é uma das mais genuínas formas de amor. A partir desse momento, assumiu a missão de incentivar a humanidade a acolher o sorriso de Deus, que ajuda a lidar com as dúvidas e os medos, e a vivenciar a esperança em tempos de ansiedade.
No livro, ele passa a mensagem de que é importante oferecer um sorriso humilde e simples aos outros para que eles possam sentir o carinho.
“Sorrir é acariciar com o coração e com a alma”, escreveu o Papa.
Deixe seu comentário sobre o que você achou do conteúdo.
Assine nossa newsletter, receba nossos conteúdos e fique por dentro
de todas as novidades.