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Dentre os 10 mandamentos, vemos que a castidade é o sexto mandamento: “Não pecar contra a castidade.” Entretanto, na sociedade atual, parece que esse mandamento tão importante ficou esquecido e desvalorizado pelas pessoas. Pensando nisso, mostrarei seis benefícios de seguir a castidade que geram felicidade na vida da pessoa solteira.
Equivocadamente, nossa sociedade pressiona a vivência do amor romântico além de estimular a vida sexual precoce e irresponsável dos jovens como se somente a paixão significasse felicidade. Contudo, nunca vimos pessoas tão infelizes no amor e tantos namoros tóxicos como atualmente.
Por incrível que pareça, longe de ser um “peso” moralista (muito embora seja um importante mandamento), seguir a castidade proporciona maturidade, leveza e felicidade para quem decide resguardar o seu corpo e a sua alma.
Sabemos que a castidade é exigida mesmo na vida dos casais. Todavia, hoje o texto abordará os benefícios da castidade na vida da pessoa solteira. Tendo em vista que o dia 12 de Junho é o dia dos namorados no Brasil, não fique triste se você está solteiro no momento. Saiba que é possível ser feliz na solidão e na castidade!
Confira os 6 benefícios de seguir a castidade que geram felicidade na vida da pessoa solteira.
Foto: Anna Shvets/Pexels
Raras pessoas conhecem a si, pois a maioria das pessoas foge do autoconhecimento e das reformas que precisam fazer em suas características interiores através dos relacionamentos. Contudo, somente teremos relacionamentos saudáveis com os outros se tivermos um relacionamento saudável com o nosso interior primeiramente. Somente teremos maturidade para conhecer melhor uma pessoa quando conhecemos bem a nossa própria personalidade. Para o desenvolvimento de um bom relacionamento conosco, é preciso observar a castidade e a solidão.
Sendo assim, um período de castidade e solidão aprofunda o nosso autoconhecimento e permite a descoberta dos nossos dons, talentos e aptidões. Na solidão, podemos conhecer melhor a nossa personalidade, o nosso verdadeiro estilo de vida e os nossos ideais mais profundos.
Quando estamos sozinhos, observamos melhor as nossas próprias aptidões e o que preenche o interior do nosso coração de verdade. Os relacionamentos não são a única forma de preencher a nossa vida e o nosso coração, pois há diversos setores da vida onde nos encontraremos sozinhos inevitavelmente.
Hobbies criativos, talentos artísticos e um sentido mais profundo da vida podem nascer por meio de momentos solitários. Conhecer a nós mesmos em uma caminhada de castidade e solidão não precisa ser algo enfadonho e marcado pela carência. Ao contrário do que muitos pensam, o autoconhecimento pode ser uma jornada emocionante, misteriosa, surpreendente e repleta de descobertas felizes. Mas, para que o autoconhecimento seja vivenciado com felicidade, é preciso que a pessoa tenha autoamor.
Existe um justo amor por si que não gera o pecado da soberba, mas maturidade psicológica e o justo equilíbrio entre humildade e autorrespeito. O autoamor também gera o sábio equilíbrio entre amar o próximo e amar a si mesmo. Como cristãos, sabemos que Jesus disse o seguinte para nós: “Amarás ao teu próximo como a ti mesmo (Mateus 22:39)”.
Como amarei alguém se eu não souber me amar? A maioria das pessoas vivencia namoros tóxicos, pois a carência deixa a pessoa vulnerável aos desequilíbrios emocionais e psicológicos dentro dos relacionamentos. Um relacionamento somente terá equilíbrio se as pessoas cultivarem o autoamor e amarem o outro como a si mesmas.
O relacionamento com outra pessoa deveria ser vivenciado somente após a construção sólida do autoamor. Muitas vezes, a carência traz armadilhas de relações efêmeras, decepções e faz a pessoa pecar contra a castidade para preencher uma espécie de vazio interior. Por isso, vemos uma sociedade tão vazia. Por trás das festas, das relações efêmeras e dos falsos sorrisos, estamos rodeados de corações carentes e infelizes.
A verdadeira felicidade pode estar oculta no silêncio da castidade. Somente teremos preenchimento interior e felicidade sólida com o desenvolvimento da responsabilidade, da castidade e do autoamor.
A castidade é o segredo da felicidade, pois retira toda a ansiedade humana de ser amado por um relacionamento romântico e desperta em você uma ternura especial e uma personalidade amorosa própria independentemente desse tipo de relacionamento.
A felicidade não está no outro. A felicidade está dentro de nós. Se você não for maduro emocionalmente e feliz dentro do seu coração, ficará vulnerável aos relacionamentos imaturos e infelizes. Desse modo, é importante fortalecer o seu interior com autoamor.
Quem peca contra a castidade não se respeita. Primeiramente, o nosso corpo não é brinquedo. Seguir uma jornada de castidade aumenta a nossa percepção do quanto o nosso corpo precisa de sagrado respeito além de construir uma autêntica e sólida base de autoestima.
Nosso corpo é santuário do Espírito Santo como podemos ver em Coríntios (6:19): Acaso não sabem que o corpo de vocês é santuário do Espírito Santo que habita em vocês, que lhes foi dado por Deus, e que vocês não são de vocês mesmos?
Temos uma sociedade que estimula relações efêmeras e irresponsáveis constantemente. Precisamos trazer a conscientização de que o autorrespeito é fundamental e que a castidade é fator essencial para a felicidade.
A sociedade implementou a ideia de que o amor romântico é a base da felicidade e afirma que a liberdade sexual significa alegria. Nada disso é verdade. Em verdade, o amor romântico não é a única fonte de felicidade, assim como a vida sexual irresponsável e fora do casamento traz mais decepções do que alegrias.
Existem vários tipos de amor que trazem preenchimento e felicidade em nossas vidas: o autoamor, o amor por Deus (amor espiritual/ Ágape), o amor fraterno pelos familiares e o amor fraterno pelos amigos.
Quando estamos solitários dentro de uma jornada de castidade, passamos a valorizar ainda mais as fontes de felicidade trazidas por esses outros tipos de amor. Uma vida verdadeiramente feliz é formada pelo equilíbrio entre todos os tipos de amor.
Contudo, como religiosos e católicos, sabemos que o amor por Deus é a nossa maior fonte de felicidade e está acima de qualquer tipo de amor. Afinal, amar a Deus sobre todas as coisas é o primeiro mandamento.
“Ouça, ó Israel: O Senhor, o nosso Deus, é o único Senhor. Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todas as suas forças (Deuteronômio 6:4-5)”.
Sabe-se que grandes profissionais tiveram períodos de castidade, porque a dedicação aos estudos e aos grandes projetos profissionais exige tempo, isolamento social e disciplina. Na jornada da castidade, você pode ter um caso de amor com a própria vocação e desenvolver a sua criatividade profissional de forma mais intensa.
A sua vocação profissional também pode ser fonte de amor quando você usa os seus dons para espalhar amor e benefícios para todas as pessoas. Além de uma jornada profissional, a sua vocação pode apontar caminhos de felicidade, amor, serviço espiritual e caridade.
Quando caminhamos com amor próprio, firmeza, alegria, sabedoria e a cabeça erguida, encontramos alguém com as mesmas características para caminhar ao nosso lado. Duas pessoas que caminham firmes na solidão saberão caminhar firmes na união. Porém, quem rasteja na solidão jamais saberá caminhar firme em uma união.
Você somente será amado quando aprender a se amar. E somente conquistará um amor maduro, equilibrado e sábio quando a sua personalidade for madura, equilibrada e sábia. Maturidade, equilíbrio e sabedoria podem ser virtudes adquiridas através de longos períodos de castidade.
A castidade pode ensinar você a caminhar de forma firme e sábia sozinho antes de você encontrar um parceiro de caminhada na jornada da vida. São os seus passos firmes e a sua cabeça erguida que gerarão encanto e admiração no seu parceiro.
A castidade torna o encontro com o amor mais feliz, maduro, responsável e sábio. Por incrível que pareça, talvez a castidade seja a sua maior professora de caminhada espiritual em direção ao verdadeiro amor.
As pessoas que vivem a vida de solteiro com castidade e sabedoria estão mais preparadas para um casamento responsável, amoroso, fiel e feliz. Quem vive a castidade com consciência na vida de solteiro sabe valorizar melhor o amor.
Não seria maravilhoso se todo mundo amadurecesse emocionalmente e espiritualmente antes de entrar em um relacionamento? Teríamos uma sociedade bem melhor, mais consciente e com menos relacionamentos abusivos. Não veríamos tantos namoros tóxicos, sofrimentos emocionais e desilusões amorosas por aí.
Portanto, não fique pressionando aquele que vive uma jornada de castidade e solidão. Não fique perguntando quando ele arranjará uma namorada a todo instante. Respeite a solidão casta das pessoas, pois elas podem ser felizes na castidade e na solidão além de vivenciarem um amadurecimento importante nas jornadas das suas vidas. Muitas pessoas também vivem a castidade e a solidão por motivos religiosos e devem ser respeitadas socialmente.
Ao invés de pressionar as pessoas para o amor romântico precoce, deveríamos incentivar mais a castidade em nossa sociedade. É possível viver com castidade e felicidade. Castidade combina com felicidade e, poeticamente, até rima com ela.
Foto: Viktoria Slowikowska/Pexels
Esse dia, em geral, causa desconforto nos solteiros pelas fotos românticas de casais, declarações de amor e poesias românticas nas redes sociais. Faça a diferença se você é solteiro: publique uma de suas fotos em que você aparece solitário e feliz ou uma foto de uma paisagem que gosta e escreva uma mensagem de autoamor e amor a Deus.
Também existem diversas poesias que retratam outros temas além dos assuntos românticos e que podem preencher o seu tempo com beleza e amor espiritual nesse dia. Podemos celebrar o amor de outras formas muito além das formas românticas. Os pensamentos de Santo Agostinho e Santa Teresinha do Menino Jesus costumam ser belos e bem poéticos.
Ao invés de escutar músicas românticas como muitos escutam nesse dia, os solteiros podem escutar belas músicas religiosas. Sugiro as seguintes músicas: Vou Para O Alvo (Padre Reginaldo Manzotti), Quem É De Deus (Padre Reginaldo Manzotti) e Castidade (Irmã Kelly Patrícia) para animar o seu dia com muita força e fé.
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