7 dicas de como usar a criatividade para superar o desemprego

Sob o ponto de vista humano, o potencial criativo é a capacidade de produzir e transformar o ambiente segundo as suas necessidades. No mundo do trabalho, já há alguns anos, a criatividade deixou de ser “coisa de criança” para tornar-se um recurso essencial e necessário.

Em “O grande livro da criatividade – 10 hábitos para despertar seu potencial criativo”, os autores Jean Sigel, Julie Fank e Lívia Kohiyama nos contam que criatividade é a habilidade apontada pelo LinkedIn como uma daquelas que todo profissional deste século precisa ter.

“De acordo com o Fórum Econômico Mundial, a criatividade está entre as dez principais habilidades que você tem que ter – e, recentemente, foi promovida a uma das três primeiras”.

No entanto, ser criativo não é algo que você só deve praticar depois de estar em um emprego formal ou empreendendo em um novo negócio: devemos ser criativos o tempo todo. “O ato de ser criativo é uma construção”, dizem Jean, Julie e Lívia.

Eles contam ainda como ser criativo também é reconhecer que possui essa habilidade, usar essa habilidade e aprender a construir usando seu lado lógico e poético ao mesmo tempo. “Pra isso, nunca é demais lembrar que a condução de uma ideia se dá em três etapas bem conhecidas: a imaginação, a criatividade e, só então, a inovação”, dizem os autores.

Eles então nos propõem “conservar, diante do mundo, uma atitude de quem cria”. E isso vale para todos os momentos! 

Seguindo essa ideia, trouxemos algumas propostas para você inovar também na hora de buscar o trabalho que você deseja para si. Quantas vezes caminhamos no “piloto automático”, sem sequer nos questionar se é esse mesmo o caminho que queríamos estar trilhando? Aproveite que você está lendo esse texto e use um pouco a sua imaginação: há outros caminhos? Seria possível fazer de outra forma?

Seguem aqui sete dicas para ajudar a inspirar sua criatividade na busca por oportunidades profissionais:

1. Inove ao criar o seu currículo: de acordo com a Harvard Business Review, um empregador médio leva sete segundos para ler o currículo de um candidato. Com essa ideia em mente, pare e planeje seu currículo. Será que, para a sua área, não haveria uma forma criativa de apresentar suas habilidades? O que você quer que seu futuro empregador saiba primeiro? Caso não se trate de uma vaga de emprego criativo, melhor se ater ao básico; mas se a vaga pede uma habilidade especial, porque não montar um portfólio digital? Não seria interessante se, para uma vaga de confeiteiro, seu possível empregador tivesse à mão um QR Code ou um link que desse acesso às fotos dos seus últimos trabalhos de confeitaria? Analise o que pode ser importante para a vaga que você busca e o que é desnecessário, como fotos e lista interminável de cursos sem relevância para a função.

2. Nunca pare de aprender: Independentemente da sua área, se mantenha atento e ativo quanto às novidades que surgem. Leia bastante, aprenda sobre áreas afins. Imagine o que todos os candidatos à área que você busca já têm: o que você acha que poderia ser um diferencial, um “toque” a mais, que poderia fazer escolherem você e não o outro? Conhecimento é a palavra-chave para se destacar.

3. Abra novas portas: não estamos falando necessariamente de uma mudança completa de profissão, mas, às vezes, você só precisa deslocar um pouco a sua atuação profissional. Todos os dias, novos formatos de negócios surgem e, muitas vezes, estando saturado o tipo de emprego que você conhece desde a faculdade saturado, um novo formato está nascendo e precisando de pessoal. Pesquise, busque novas possibilidades. Se você é um profissional liberal, por exemplo, pode oferecer ao seu público um tipo inovador de contrato. Você pode criar um produto diferenciado, que os outros profissionais não oferecem, ou escolher um nicho específico para trabalhar. Crie uma especialidade, estabeleça um público e abra espaço no segmento de atuação que você escolher.

4. Use a internet a seu favor: Todos nós sabemos do potencial da internet para nos informar e nos manter próximos àqueles que amamos, mas você já pensou que ali também pode estar a saída para encontrar um trabalho? Além de muitos cursos gratuitos disponíveis, existe o LinkedIn, uma rede social só para trocas profissionais. Há, no YouTube, vídeo-aulas ensinando diversas habilidades, dentre trabalhos manuais e cursos de softwares de computador. Que tal parar de repassar memes e vídeos engraçados por um tempo e buscar conteúdos que podem enriquecer suas habilidades?

5. Dialogue e crie uma boa rede de contatos: Acredite quando dizemos que você não sabe onde está sua próxima oportunidade. Interagir com todas as pessoas que conhecemos, além de nos realizar e fortalecer como seres humanos, é uma maneira criativa e poderosa de se fazer marketing pessoal e fortalecer o seu networking. 

6. Colabore e mostre seu potencial: Claro que você não vai poder trabalhar de graça o tempo todo, mas pode ser importante, para que as pessoas conheçam a força do seu potencial e as suas habilidades, colaborar e ser voluntário em alguns momentos. Vez ou outra, quando alguém precisar, ofereça a sua ajuda, principalmente a amigos e conhecidos que sabem da sua qualificação: eles poderão ser as suas próximas indicações. Assim, você também fortalece sua rede de contatos e mostra do que você é capaz, mesmo que não haja remuneração no início. Pode, ainda, aproveitar essas oportunidades para construir um portfólio e adquirir experiência.

7. Aprenda a enxergar oportunidades: Há situações em que um hobby ou habilidade que você pratica nas horas vagas pode ser um excelente negócio – você já pensou nisso? Marcenaria, customização de roupas, arte em biscuit: momentos de crise, quase sempre, afetam todos os segmentos, mas também podem revelar novas necessidades muito específicas em parte do mercado. Saiba enxergar o que está faltando aos outros e tente entender os anseios dos consumidores nas áreas que você domina, incluindo aquelas habilidades que você não chamava de “trabalho”. Muitas oportunidades podem surgir justamente nessas “viradas de chave” do comportamento do mercado, e talvez essa seja, exatamente, a sua oportunidade.