A Bíblia no Guinness Book: é mesmo o livro mais vendido?

A Bíblia no Guinness Book: é mesmo o livro mais vendido?

A resposta é: sim! A Palavra Sagrada figura há mais de 50 anos no Guinness World Records, ou Livro dos Recordes, como o livro mais vendido do mundo. A estimativa da Sociedade Bíblica do Brasil é que mais de 3,9 bilhões de exemplares tenham sido vendidos no planeta.

Muitas histórias da própria Bíblia podem ter inspirado tentativas ou recordes quebrados no Guinness, por trazer narrativas inspiradoras de homens e mulheres que enfrentaram leões, como Daniel, exércitos poderosos ou foram instrumentos de milagres e cumprimento de promessas do Senhor.

Porém, os temas do Livro dos Recordes são bastante variados e alguns até levantam o questionamento: mas será que alguém precisava mesmo fazer isso?

Alguns recordes são pra lá de estranhos. Um exemplo é “o maior encontro de pessoas vestidas de Peru”, que aconteceu em Dallas, nos Estados Unidos, quando 661 pessoas foram a caráter para um evento relacionado ao feriado do “Dia de Ação de Graças”.

Outro é do japonês Shunichi Kanno, cuja condição médica misteriosa o permitiu bater o recorde mundial de “mais latas de bebida grudadas na cabeça usando sucção de ar”.

História do Guinness World Records

O conceito do Guinness World Records surgiu no início da década de 1950, quando Sir Hugh Beaver (1890-1967) participou de uma festa de tiro no Condado de Wexford. Lá, ele e os seus anfitriões discutiram sobre o pássaro de caça mais rápido da Europa, e não conseguiram encontrar uma resposta em nenhum livro de referência.

Em 1954, ao recordar essa discussão, Hugh teve a ideia de uma promoção baseada na proposta de resolver as discussões nos pubs e convidou os gêmeos Norris e Ross McWhirter, que eram investigadores da Fleet Street, para compilar um livro de fatos e dados.

O livro Guinness, que se tornaria um dos maiores best-sellers e uma marca desejada e de sucesso, considerada símbolo de confiança no mundo inteiro, foi constituído em 30 de novembro daquele ano.

Os recordes do Guinness

A marca Guinness tem escritórios em Londres, Nova Iorque, Pequim, Tóquio e Dubai, com embaixadores da organização e verificadores espalhados ao redor do mundo que trabalham com o “poder de quebrar recordes” – algo que instiga e inspira pessoas ou grupos de todas as origens e histórias.

Os próprios recordes da marca são impressionantes:

  • Mais de 58 mil recordes na base de dados.
  • Averiguações de recordes em 186 países em 2020, dos quais 6 mil foram aprovados.
  • Cerca de 150 milhões de livros vendidos no mundo (as edições são anuais).
  • Tradução para mais de 40 idiomas.

Qualquer pessoa pode tentar quebrar um recorde. A recomendação, porém, é que antes de se inscrever para tentar superar um já existente, verifique as informações atuais e se o proponente tem o que é necessário para essa tentativa.

Toda proposta de recorde recém aprovada tem que ser diferente dos registros existentes e demonstrar uma habilidade completamente nova. Uma nova sugestão de recorde não se qualifica imediatamente para aprovação: cerca de 60% dos pedidos são rejeitados.

Histórico da escrita e tradução da Bíblia

De acordo com a Sociedade Bíblica do Brasil, a Bíblia foi traduzida para quase três mil idiomas e os tipos de tradução continuam sempre em movimento. Cada país possui uma Sociedade Bíblica, que garante que a tradução seja realizada com a fidelidade aos originais necessária.

Os textos tanto do Antigo quanto do Novo Testamento foram escritos, originalmente, por diferentes pessoas em diferentes lugares do mundo. Inspiradas pelo Espírito Santo, essas pessoas, entre elas apóstolos e amigos de Jesus, testemunhas vivas da vida de Cristo, desejaram preservar a trajetória do Messias e, para isso, escreveram Sua história.

De acordo com o tradutor e professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Caetano Galindo, os textos originais foram escritos em diferentes línguas, o que dificulta o processo de compreensão da Bíblia. O cristianismo fez uma normatização dos textos bíblicos e escolheu os canônicos e a ordem das apresentações.

“A Bíblia é um conjunto de textos escritos em lugares diferentes, línguas diferentes e pessoas diferentes. Por isso, tem variações terminológicas entre os seus textos”, explica o professor e pesquisador.

Autorização do Bispo

Um fato importante quanto à Bíblia da Igreja Católica é que as publicações precisam ser autorizadas por, ao menos, dois Bispos. Um deles irá atestar que não há nada que impeça a publicação e ou outro confirma e autoriza que pode imprimir. Sem estes dois selos, a edição não pode ser considerada uma Bíblia Católica.

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