A Igreja Católica e a Independência do Brasil: curiosidades que envolvem fé e devoção

A Igreja Católica e a Independência do Brasil: curiosidades que envolvem fé e devoção Obra de Pedro Américo, o “Grito do Ipiranga”./Imagem: reprodução

Quando Dom Pedro I ergueu sua espada às margens do Ipiranga e proclamou a independência do Brasil, na cena tão famosa para a nação, existia uma relação de fé e espiritualidade nesse ato, como mostram historiadores e estudiosos do período.

Dias antes daquele momento, o futuro imperador havia se ajoelhado diante de uma imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, em Guaratinguetá, onde buscou inspiração divina e a proteção da Santa.

Desde os primeiros dias da colonização portuguesa, a Igreja Católica esteve profundamente enraizada na sociedade brasileira, na espiritualidade, cultura, educação e na vida política do país. Tanto é que missionários jesuítas, como Manuel da Nóbrega e José de Anchieta, fizeram parte de decisões e ações que estão nos livros de História.

Quando a Revolução Liberal do Porto, em 1820, forçou o retorno da família real portuguesa a Portugal, a Igreja Católica no Brasil se viu diante de um novo cenário. Com a crescente tensão entre Brasil e Portugal, a Igreja viu a necessidade de apoiar a causa da independência.

Frei Galvão e o apoio espiritual à independência

Frei Galvão, o primeiro Santo brasileiro, é um exemplo da influência espiritual da Igreja naquele período. Embora não existam registros históricos detalhados sobre sua participação direta na independência, sua proximidade com a princesa Leopoldina, católica servidora, traz esse indicativo.

Além de Frei Galvão, muitos outros líderes religiosos da época apoiaram a emancipação do Brasil, porque viam nela uma oportunidade de fortalecer a autonomia e a identidade nacional, enquanto preservavam a fé católica como um dos pilares da nova nação.

Com base nos princípios de justiça, caridade e solidariedade, a Igreja participa ativamente da vida do Brasil e dos brasileiros.

O Cardeal Orani João Tempesta, em um artigo sobre os 200 anos da independência, destacou que o patriotismo, quando compreendido de maneira saudável, é uma virtude dentro da tradição católica. Ele argumenta que o amor pelo país, assim como o amor à família e à comunidade, é uma expressão do dever cristão de caridade e gratidão. Esse sentimento de pertencimento e responsabilidade coletiva é essencial para construir uma sociedade justa e próspera, onde os valores cristãos possam florescer.

Que Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, continue a abençoar nossa nação, e que São Pedro de Alcântara, padroeiro do Brasil, interceda pelos brasileiros!

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