“O enfrentamento final entre Deus e satanás será sobre a família e o matrimônio”, disse Irmã Lúcia, vidente de Fátima.
Essa foi a frase que me estimulou a iniciar um projeto para ajudar os casais – se essa será a batalha final, então é uma batalha que precisamos lutar ao lado de Deus.
E, de dentro dessa inspiração, veio também a delicadeza de Deus em mostrar aos meus olhos como a esposa é influente dentro do casamento, quando já no início Eva influenciou seu marido Adão a comer do fruto proibido. O que nos mostra que a influência da esposa pode ser muito negativa, a ponto de levar à perdição, quando escondidos de Deus. Mas essa influência pode ser feita para o bem quando Deus habita em nós. Como fez Nossa Senhora ao influenciar seu próprio filho nas bodas de Caná, o que O levou a se autorrevelar publicamente com seu primeiro milagre da transformação da água em vinho.
O fato é que essa mesma influência está presente em todas as mulheres e, em especial, no casamento, quando em união sacramental com seu marido, uma vez que Jesus elevou o matrimônio a sacramento. Portanto, Deus faz parte do casamento e nos dá as graças necessárias a esse estado (lembremos de pedir!).
Por aqui você já pode pensar em casamento como missão: missão de Deus desde o início quando, no Gênesis, Deus “homem e mulher os criou” (Ge 1, 27), e viu que “não é bom que o homem esteja só” (Ge 2, 18). Já no livro da criação, Deus revela sua missão para a humanidade, de união e família (“sede férteis e multiplicai-vos” – Ge 1, 28).
Portanto, a família nasce com um propósito de amor-doação: unir-se a alguém para sempre é doar-se sempre; ter filhos e criá-los no amor é doar-se. E se pensarmos que a paixão de Jesus foi doação, do início ao fim, devemos também nós suportar o que for preciso para que nosso sacrifício se transforme em compaixão (“Eu quero misericórdia, não Sacrifício” – Mt 9,13).
Mas no mundo hoje são muitas as aflições de quem quer ter filhos. Medos que fazem com que muitos casais escolham ter poucos ou não ter filhos. E para combater esses medos, temos que trazer a missão do casamento: é formar uma família para o céu! Se pensarmos nos perigos, estamos com a cabeça voltada para as coisas do mundo e pensando como o mundo. Mas se pensamos em vida eterna, que Deus é vida e só dele vem a vida, então quanto mais filhos, melhor.
Olhando para a eternidade, qualquer sacrifício ou sofrimento desse mundo ficam pequenos. Então precisamos pensar sempre nas coisas do céu: amor por Cristo, com Cristo e em Cristo. Criar filhos para Deus, e não para o mundo. Essa é a base para um matrimônio cristão como caminho de santidade. Ao contrário do tão ensinado ser feliz, e se procurarmos mais fazer com amor tudo o que podemos e buscarmos em Deus, o único capaz de satisfazer o vazio humano? Deixar de sermos orgulhosos ao achar que somos a fonte de felicidade do cônjuge. No lugar disso, buscar a humildade, como disse Santa Teresa D´Avila: só Deus basta.
Carol Tormena – criadora do método Esposa Influente e comunicadora da Obra Evangelizar É Preciso
Livro: A Esposa Influente na missão do casamento
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