A importância do arrependimento dos pecados e a confissão

A importância do arrependimento dos pecados e a confissão

“Quem dentre vós não tiver pecado, seja o primeiro a atirar-lhe uma pedra”. Bastante conhecida, a frase está no Evangelho de São João (8,7) e foi dita por Jesus Cristo quando voltou do Monte das Oliveiras e foi ao Templo, onde o povo se reunia.

Com essas palavras, o Senhor desafiou os fariseus e mestres da lei a respeito de uma mulher que estava sendo julgada por ter praticado adultério. Foi um chamado a olhar para si, a desenvolver reflexão, assim como empatia e compaixão. O Filho de Deus pregou o perdão dizendo àquela mulher que fosse e não pecasse mais. Que tivesse então uma nova vida.

O arrependimento dos pecados é fundamental para a vida cristã. Representa o reconhecimento da necessidade de reconciliação com Deus e com a comunidade. A Igreja ensina que o arrependimento genuíno e a confissão sacramental são essenciais para o perdão e a renovação espiritual.

Arrepender-se é uma resposta ao chamado de Deus para a conversão. Segundo o Catecismo da Igreja Católica (CIC), o arrependimento, ou contrição, é “a dor da alma e a reprovação do pecado cometido, acompanhada da resolução de não mais pecar no futuro” (CIC 1451).

Na Bíblia, em diversos momentos há mensagens sobre esse tema, como em 1 São João 1,9:

“Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça”.

Em São Lucas 15,7, também temos a confirmação sobre o que Deus espera: “Haverá mais alegria no céu por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos que não precisam de arrependimento”.

O arrependimento verdadeiro leva o fiel a se aproximar de Deus com um coração contrito, com o desejo sincero pela reconciliação e a paz interior.

Como entender o pecado e o arrependimento?

O pecado é uma ofensa contra Deus e contra a ordem do amor que Ele estabeleceu. O Catecismo da Igreja Católica (CIC 1849) define o pecado como “uma palavra, um ato ou um desejo contrários à lei eterna”. Para reconhecê-lo, o cristão deve realizar um exame de consciência: comparar suas ações com os mandamentos e ensinamentos da Igreja.

 

A confissão: Sacramento de misericórdia

A confissão é o Sacramento pelo qual os pecados cometidos após o Batismo são perdoados.

“Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados, serão perdoados; a quem os retiverdes, lhes serão retidos” (João 20,22-23).

Como está no Catecismo (CIC 1422), “os que se aproximam do Sacramento da Penitência obtêm da misericórdia de Deus o perdão dos pecados cometidos contra Ele”.

Como já compartilhou Papa Francisco, a confissão é uma forma de receber o amor divino.

“Quando vou me confessar é para me curar, para curar a minha alma. Para sair com mais saúde espiritual. Para passar da miséria à misericórdia. E o centro da confissão não são os pecados que dizemos, mas o amor divino que recebemos e que sempre precisamos. O centro da confissão é Jesus que nos espera, nos escuta e nos perdoa”, disse o Pontífice.

A confissão ao sacerdote constitui uma parte essencial do Sacramento da Penitência. A absolvição concede o perdão dos pecados e restaura a graça, proporciona a renovação da alma, fortalece o cristão contra futuras tentações. Além disso, restaura a comunhão com Deus e com a Igreja.

 

Dicas para uma boa confissão

1. Preparação com exame de consciência: reserve um momento para refletir sinceramente sobre suas ações e omissões.

2. Contrição sincera: arrependa-se verdadeiramente dos pecados cometidos, movido pelo amor a Deus (contrição perfeita) ou pelo temor das consequências do pecado (contrição imperfeita).

3. Confissão clara e completa: confesse todos os pecados mortais de que tem consciência, sem omitir detalhes importantes.

4. Ato de contrição: faça uma oração de contrição durante a confissão para expressar seu arrependimento e desejo de mudança.

5. Cumprir a penitência: realize a penitência orientada pelo sacerdote como sinal de seu compromisso de viver de acordo com a vontade de Deus.

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Texto adaptado do Jornal do Evangelizador – Ano XVIII – n° 210 – março/2025

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