Os nomes padrinho e madrinha, que têm origem no latim, significam pai e mãe. São aqueles que têm a missão de proteger, cuidar e acompanhar. O batismo é o fundamento de toda a vida cristã, o primeiro dos Sacramentos, a “porta” que faz o Cristo nos habitar e permite aos cristãos a entrada no seu Mistério.
O momento sagrado representa o início da jornada na Igreja e na Comunidade, a qual continua com a Eucaristia e com o Crisma. O padre Luciano Tokarski, da Comissão Bíblica Catequética da Arquidiocese de Curitiba, explica que o grande objetivo desse sacramento é configurar-se na pessoa de Jesus Cristo.
Padrinhos de batismo ou de crisma têm a missão de colocar os afilhados nas mãos de Deus, que lhe dará todas as graças necessárias para acompanhá-los no caminho da fé que o Senhor convidou a trilhar. Eles devem dar testemunhos desde cedo, ao lado dos pais e de toda a família, apresentar a partir da primeira infância devoções, valores e o temor a Deus. Assim, a semente germinará. A vida espiritual das crianças é influenciada por instruções e exemplos recebidos. Quanto mais elas acompanharem pais e padrinhos vivenciando a Palavra há mais chances de seguirem os mesmos hábitos.
Como explica Rosângela Giorgino, da Pastoral de Batismo do Santuário Nossa Senhora de Guadalupe, trata-se de uma grande responsabilidade por toda a vida do afilhado e, por isso, os pais precisam escolher com atenção e zelo.
“Os pais devem convidar amigos ou familiares com os quais tenham afinidade, um relacionamento sólido e observem uma vida cristã coerente. Aos padrinhos cabe o acompanhamento de toda a vida espiritual dos afilhados. Ainda que não estejam próximos geograficamente, é preciso ser presente e há diversas formas de fazer isso mesmo que não morem na mesma cidade”.
Rosângela ainda acrescenta que os padrinhos devem “viver o batismo, ou seja, serem católicos, crismados e terem uma vida de comunhão eucarística. Além disso, ter maturidade humana e cristã e disposição para acompanhar os pais na educação do batizando na fé”.
Muitas vezes, os convidados a padrinhos e madrinhas são chamados pelos laços com os pais, mas não necessariamente estão preparadas para essa responsabilidade. Isso é um erro, pois o batismo não significa prova de amizade, mas a escolha de pessoas que vão encaminhar toda uma vida e têm diversas responsabilidades sobre ela.
A partir do momento no qual o convite é aceito, eles têm deveres sérios com a educação, bem-estar e, principalmente, com a saúde espiritual da nova vida que chega. O Padre Neri Dione Squisati, responsável pela Paróquia Santo Antônio de Pádua, em Maringá (PR), lembra que os pais devem escolher para padrinhos sempre pessoas atuantes na vida da igreja e “que vão transmitir à criança o verdadeiro valor da fé com os seus testemunhos de vida”.
Essa é uma dúvida sempre presente, devido à escolha de algumas famílias de deixar que os filhos cresçam até que possam escolher os próprios padrinhos. O Padre Jairo Silva, da Arquidiocese de Montes Claros (MG), explica nesta edição do programa Dúvidas de Fé, produzido pela TV Evangelizar.
Assista ao vídeo, produzido pela TV Evangelizar, e conheça uma linda e exemplar relação de afilhada e madrinha.
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