A celebração de Pentecostes marca o cristianismo – com a descida do Espírito Santo sobre os apóstolos e a oficialização da Igreja. Entre os acontecimentos daquele momento, a presença de Maria, mãe de Jesus, guarda muitos significados.
O Pentecostes acontece cinquenta dias após a Páscoa e comemora a vinda do Espírito Santo e o nascimento da Igreja Católica. Originalmente uma festa judaica associada ao tempo de colheita e à entrega das Tábuas da Lei a Moisés, é o momento que cumpre a promessa de Jesus de enviar o Espírito Santo aos seus seguidores, como está no livro dos Atos dos Apóstolos.
O Evangelho de São Lucas conta da presença de Maria no cenáculo, com os apóstolos e outros discípulos:
“Todos eles perseveravam unanimemente na oração, com as mulheres, entre elas Maria, a Mãe de Jesus” (Atos 1,14).
Maria, que experimentou a graça do Espírito Santo na Anunciação, uniu-se aos apóstolos em oração e expectativa.
São várias as razões dessa presença ser considerada tão significativa. Maria é um testemunho vivo da promessa de Jesus. Como a primeira a experimentar a plenitude do Espírito Santo, ela é modelo de fé e perseverança. Durante os momentos de incerteza e vacilação dos apóstolos, Maria, com sua fé já provada, ofereceu suporte e encorajamento, fazendo-os firmes na ausência física de Jesus.
Aquela que foi a primeira a acreditar, incentivou os discípulos a não se afastarem de Jerusalém, conforme as palavras de Jesus:
“Não vos afasteis de Jerusalém. Dentro de poucos dias sereis batizados com o Espírito Santo” (Atos 1,4).
Ela, que na encarnação recebeu o Espírito e gerou o Salvador, em Pentecostes testemunhou que essa mesma graça se tornava, a partir daquele momento, a herança de toda a Igreja.
Assim como o Espírito Santo gerou Cristo em seu ventre, em Pentecostes inaugurou a manifestação da Igreja. Por meio da Virgem, a Igreja recebeu o Espírito Santo, o que preparou e encorajou os apóstolos a se tornarem destemidos proclamadores da Boa Nova.
Maria também é um elo entre Jesus e o Espírito Santo. A qualidade de “Mãe de Jesus” a coloca em um nível especial, superior aos apóstolos e demais mulheres presentes. Este título implica um vínculo único com o Espírito Santo, pois Jesus foi gerado pelo Espírito em seu ventre. Como Boa Mãe, ela gerou o Senhor e foi uma colaboradora ativa, envolvida no mistério da salvação. Sua presença inspirou e sustentou os discípulos, como irmãos, na preparação para a missão evangelizadora.
Ela, que esteve presente em todos os momentos da vida terrena do Salvador, assumiu seu papel como Mãe da Igreja, guiou e amparou os apóstolos na fundação da comunidade cristã, com seu exemplo de entrega e confiança nos propósitos do Pai.
_____________________________________________________________________________________________________________________________________
Deixe seu comentário sobre o que você achou do conteúdo.
Assine nossa newsletter, receba nossos conteúdos e fique por dentro
de todas as novidades.