A memória é um grande bem. Tem cuidado da sua?

A memória é um grande bem. Tem cuidado da sua?

Como vai sua memória? Ela é um bem precioso. Quando há falhas, assusta. Vários aspectos influenciam diretamente no funcionamento do nosso cérebro, como sono, alimentação, leituras, música e outras atividades sociais. 

O médico Marcelo Lima, coordenador do Laboratório de Neurofisiologia da Universidade Federal do Paraná (UFPR), deixou várias dicas. O profissional investiga como determinados aspectos influenciam na memória. Hoje, quando se fala em problemas na memória, imediatamente se pensa na Doença de Alzheimer, mas existem vários outros tipos de demências.

Alzheimer acomete, principalmente, pessoas a partir dos 65 anos de idade, mas pode ocorrer em indivíduos mais jovens e significa a Neurodegeneração de algumas áreas do cérebro.

“Hipocampo tem a função principal de assimilar as memórias. É normal perder neurônios ao longo da vida. Na Doença de Alzheimer, a memória recente é apagada primeiro. As mais antigas costumam ser preservadas por mais tempo, mesmo quando a doença se agrava. Hoje, trata os sintomas, mas não há cura”, explica o médico.

Vale lembrar que eventos isolados podem acontecer em todas as idades. O que todo mundo precisa ficar atento é se esses acontecimentos estão mais corriqueiros. Por exemplo, se fez alguma atividade hoje e não consegue lembrar o que foi feito ao longo do dia. Se nos dias seguintes a mesma coisa acontecer, é recomendável procurar um médico e fazer testes específicos. Mas se conseguir lembrar, é sinal de que foi um acontecimento esporádico. 

Esquecer faz parte do processo 

De acordo com o médico Marcelo Lima, a memória é uma capacidade que nós temos de reter informações e conhecimento e, além disso, podermos evocar esses conhecimentos para outro dia. Muitas vezes o que as pessoas não sabem é que o ato de esquecer parte dos conteúdos também faz parte da memória.

“Estamos expostos diariamente a um ambiente que tem uma quantidade enorme de informações e temos uma certa limitação de armazenamento delas. Assim, aquelas consideradas menos importantes ficam de lado e as mais relevantes, que geram uma plasticidade sináptica maior, ou seja, uma conectividade maior dos nossos neurônios, essas ficam por mais tempo. Então essa reciclagem ocorre sempre”, esclarece o profissional.

Esquecer determinadas situações também pode ser um mecanismo de defesa do corpo. “Aqueles indivíduos que passam por situações pós-traumáticas, estressantes, como assaltos, por exemplo. Às vezes a pessoa não lembra por um movimento de defesa da memória”, exemplifica Marcelo Lima.

Lapsos de memória

Às vezes uma situação estressante, como período de provas ou entrevistas de emprego, pode desencadear os chamados lapsos de memória. Não há algo claro que explique do ponto de vista fisiológico, mas essa condução de estresse pode provocar esses esquecimentos.

 

Memória: dicas do que fazer e do que evitar

Alimentação

Entre os alimentos, o que foi comprovado até agora que pode ajudar a memória é a cafeína, presente no café, e também substâncias semelhantes, como a adenosina, presente no chocolate, que colaboram com o perfil cognitivo.

Sono

A memória sofre influência de várias situações. Entre elas, a privação do sono. Muitos jovens passam por isso, trocam o dia pela noite, ou precisam acordar muito cedo para estudar, para trabalhar e têm que dormir tarde. Essa privação é um dos grandes responsáveis pelos prejuízos à memória. Não adianta querer produzir incansavelmente sem dormir, pois o sono é restaurador.

Uso de droga e álcool

Ainda de acordo com neurofisiologista Marcelo Lima, há diversas pesquisas que comprovam que o uso de drogas, como maconha e cocaína, muito consumidas no Brasil, causam lesões à memória de usuários, pois afetam os neurônios. O álcool é neurotóxico, ou seja, mata neurônios e também impede a consolidação da memória permanente. Quando um indivíduo consome muito álcool ele pode ter dificuldade de assimilar a memória daquele dia que passou.

Atividades manuais

O cérebro precisa de estímulo constante, precisa ser exercitado. Então leitura e trabalhos manuais que vão exercitar especificamente a memória do trabalho, durante um bordado ou um crochê, potencializam a plasticidade daquelas informações na memória, faz com que os acometimentos sejam preservados, ainda que em situações de problemas degenerativos.

Santo Inácio dizia que “cabeça vazia é oficina do Diabo”. Do ponto de vista da ciência, exercitar o cérebro e não deixar que se acostume também faz bem. Algumas ideias propostas são:

  • Tentar escrever com a outra mão e não com a que está convencionado;
  • Mudar o relógio de braço;
  • Outras atividades que exercitem outras partes do cérebro não tão trabalhadas.

Fonte: Evangeliza Show 01/06/2013

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