A prática do autoperdão e o alívio das angústias

A prática do autoperdão e o alívio das angústias

Há muitos momentos em que o ser humano comete erros. Alguns deles logo são esquecidos, outros passam muito tempo até que a pessoa consiga se perdoar pela atitude ou ação cometida.
A psicóloga e colunista do IDe+ Julita Sena explica que o autoperdão pode fazer referência à nossa capacidade de compreender e se reconciliar com aquilo que partiu ou parte de si e gera conflito.

Segundo ela, muitas vezes nos culpamos por coisas que se supõe que aconteceram e elas geram esse desconforto no indivíduo. “É uma fantasia que resulta em angústia, decorrente de uma autocrítica ferrenha e até debilitante”.

Perdoar a si mesmo, apesar de ser necessário, pode ser imensamente difícil para algumas pessoas. Isso porque as questões que levam às interrogações referem-se a atitudes que temos com nós mesmos.

“Muitas vezes têm raízes psíquicas/subjetivas que nem sempre estão no ocorrido propriamente dito, mas que encontram em um fato um modo de punir-se, interrogar-se, barrar prazeres e a própria tranquilidade”, completa Julita.

Perdoar é aliviar angústias e medos

Pedir perdão é reconhecer o erro. Sendo assim, identificar que precisa se perdoar é saber que, em algum momento, pecou. Isso é também admitir que somos seres humanos imperfeitos, em constante aprendizado e sempre em evolução.

Reconhecer o erro também significa querer estar perto de Deus, mesmo quando infringimos os Seus desejos para nós. O autoperdão é, por isso mesmo, uma maneira de mostrar nosso arrependimento também a Deus.

 

O que a Bíblia diz sobre perdoar a si mesmo

A Bíblia tem vários ensinamentos sobre o perdão, especificamente porque Deus nos considera seres em constante aprendizado. Na Palavra Santa, encontramos que nossos erros acabam sendo sempre contra Deus, já que são atitudes que vão de encontro ao que Ele nos ensinou. Por isso mesmo, para nos perdoarmos, também precisamos pedir perdão ao Senhor.

Quando falamos em perdoar a si mesmo, portanto, estamos falando sobre sentir a necessidade de pedir perdão a Deus por nossos erros, para que consigamos seguir em frente em nossas vidas. É o momento de refletir sobre o pecado e compreender que Ele já nos concedeu o perdão.

Inclusive viver em culpa ou autopunição é viver descrente das Palavras de Deus, que já nos concedeu o perdão quando Jesus morreu por nós. O Padre Reginaldo Manzotti recentemente escreveu aqui no IDe+ sobre o perdão e no texto disse

O perdão deve ser algo gratuito, unilateral. Não se deve estabelecer condições para o perdão. Deus não age assim conosco, pois por mais egoístas, miseráveis e pecadores que sejamos, Ele nos perdoará sempre”.

Saber que Deus nos acolhe e nos perdoa pode ajudar a aliviar os sintomas de angústias gerados pela culpa do erro. Agora, se você está passando por um momento delicado e sente-se culpado, um caminho para aliviar suas angústias e medos pode ser a confissão.

Quando nos perdoamos estamos nos libertando e confirmando os motivos pelos quais Cristo nos libertou. Afinal de contas:

“Foi para a liberdade que Cristo nos libertou. Portanto, permaneçam firmes e não se deixem submeter novamente a um jugo de escravidão” (Galatás 5,1).

 

Perdoar é um ato de amor

 

Deus nos ensinou diversas vezes que perdoar é um ato de amor. Demonstração clara está na passagem bíblica a seguir:

“Senhor, quantas vezes deverei perdoar a meu irmão quando ele pecar contra mim? Até sete vezes? Jesus respondeu: eu digo a você: não até sete, mas até setenta vezes sete” (Mateus, 18:21-22).

Perdoar a si mesmo é também um ato de amor com nós mesmos. Ao mesmo tempo, é um momento de pedirmos perdão ao irmão que atingimos com nossa atitude/ação. Essa reconciliação entre os indivíduos permite que se possa conviver melhor com o mal causado e que os corações sejam tranquilizados.

O perdão é ainda um convite a nos encorajarmos e retomarmos a fidelidade ao que se acredita e preza, especialmente o amor (de Deus para conosco e de nós mesmos para Deus).

A psicóloga Julita Sena ainda nos alerta para a necessidade de um acompanhamento profissional em casos onde a pessoa está com dificuldade de compreender suas angústias e medos. “É importante procurar entender melhor o motivo que leva a esse conflito de não se reconciliar consigo. Sem dúvidas, um acompanhamento psicoterápico seria um excelente caminho para ajudar”, finaliza.

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Comentários

  • claudioluizbaptista
    não blafemo contra o espírito santo ,muito menos ao Pai e ao folho,estou perdoando setenta v. sete,tenho pecados mas Deus e Jesus Cristo ainda não me perdoou.

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