Quem vê a placa com o nome de José de Anchieta na Rodovia Anchieta, uma das principais vias de acesso à capital paulista, talvez não imagine a importância desse Santo para a história de São Paulo.
São José de Anchieta é um dos fundadores da cidade mais populosa do Brasil e teve papel decisivo na formação e desenvolvimento da metrópole.
Nascido em 1534 nas Ilhas Canárias, chegou ao Brasil em 1553 como noviço jesuíta, com apenas 19 anos. Em 25 de janeiro de 1554, Anchieta participou da primeira Missa no Planalto de Piratininga, um evento que marcou a fundação do Colégio de São Paulo de Piratininga, que fez parte da origem da futura cidade. Naquele momento, o jovem atuou como sacristão, ao lado do Padre Manuel da Nóbrega, líder da missão jesuíta. Uma cerimônia simbólica, realizada em uma cabana, lançou as bases para o desenvolvimento educacional e cultural da região.
A presença de Anchieta em São Paulo tem passagens relacionadas à educação e à catequese dos povos indígenas. Ele aprendeu a língua tupi-guarani e escreveu a primeira gramática da língua tupi, “Arte da Gramática da Língua Mais Usada na Costa do Brasil”, publicada em 1595, o que que contribuiu para a preservação e compreensão do idioma indígena.
Em sua biografia, há registros da mediação de conflitos entre colonos e indígenas. Seu legado foi além das fronteiras. Em 1597, faleceu na então Iriritiba, no Espírito Santo, cidade que hoje leva seu nome em sua homenagem. O município de Anchieta mantém viva a memória do santo e sua importância histórica.
A Rodovia Anchieta também é um tributo à sua contribuição para o desenvolvimento da região. O colégio que ajudou a fundar evoluiu para se tornar um dos maiores centros urbanos da América Latina.
Em 22 de junho de 1980, Papa João Paulo II beatificou Anchieta em Roma. Em 3 de abril de 2014, Papa Francisco assinou no Vaticano a canonização do padre José de Anchieta e o tornou oficialmente o terceiro santo brasileiro. Em 2015, Anchieta foi confirmado pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) Padroeiro do Brasil e também padroeiro de todos os catequistas. A sua memória é celebrada em 9 de junho.
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