“A Ressurreição”: qual é o real significado da escultura do Vaticano que divide opiniões?

“A Ressurreição”: qual é o real significado da escultura do Vaticano que divide opiniões? Por Erin A. Kirk-Cuomo, U.S. Department of Defense – http://defense.gov, Domínio público, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=23909201

Desde que foi “apresentada” ao grande público, a obra “A Ressurreição”, encomendada pelo Vaticano ao artista italiano Pericle Fazzini para decorar a Sala Paulo VI, tem dividido opiniões. Com 20 metros de largura e sete de altura, a peça toda em bronze virou fonte de elogios e críticas na mesma proporção e há quem a chame de “assustadora”.

A obra ganhou notoriedade após o episódio do menino argentino de sete anos que ignorou a sessão solene em curso e foi brincar no local, encantando não somente o Papa Francisco e os presentes, mas todo o mundo, já que a gravação acabou viralizando. O problema é que além do garotinho, a escultura acabou chamando igual atenção dos internautas.

Apesar da discussão recente, porém, a obra foi encomendada em 1965, sob o argumento de que o traço e a criatividade de Fazzini conseguiriam dar um tom mais moderno ao salão, utilizado pela Sua Santidade para as audiências públicas semanais em dias muito frios ou chuvosos, quando a Praça São Pedro não pode sediá-las.

O que representa?

“A Ressurreição” apresenta Jesus saindo de uma cratera no Jardim do Getsêmani. Uma descrição aparentemente inocente, mas quando visitamos o que foi apresentado ao público quando da sua inauguração, em 1977, compreendemos melhor as reações: um Cristo que ressuscita de um sepulcro situado no Horto das Oliveiras, enquanto a terra é sacudida violentamente por uma grande tempestade, que flagela o mundo nesse momento terrível.

Foto: Museu do Vaticano

Para dividir ainda mais opiniões, a estátua que representa Jesus está com um rosto sereno e braços abertos, como que abraçando a humanidade. Conforme também compartilhado no lançamento, nos anos 1970, “para devolver-lhe esse sentido do amor que parece irremediavelmente perdido”.

A peça passou por um processo de restauração em 2011, que consistiu na remoção de partículas acumuladas na superfície e na correção da oxidação típica do cobre, trabalho que permitiu restabelecer o brilho original.

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Comentários

  • Tatyana Casarino
    Muito legal esta escultura. Arte é beleza e toda a beleza da obra está concentrada em Cristo. Acho que esta é a ideia. Tudo ao redor é assustador, sem ser bonito (mas também não é uma obra feia). É um susto sublime. O arquétipo da morte, de um mundo que explode, de um interior humano que implode. É poético. Cristo se eleva para nos salvar da destruição. Esta é uma sensação alquímica de "transmutação". Como eu me sinto ao ser tranformada por Cristo. Ressurreição também. É morrer para nascer de novo. Dor e glória.

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