Somos estimulados a “dar um jeito em tudo”, sermos produtivos, não esmorecer. Mesmo diante de situações completamente devastadoras, sentimos a necessidade de continuar dando conta de tudo, da maneira que for. A qualquer custo.
Mas essa conta chega. Esse custo vem. Ninguém sai ileso da própria negligência e as consequências aparecem. Você suporta enquanto seu corpo permite. Você se coloca no limite e o ultrapassa, mas em algum momento isso também deixará de funcionar.
A vida precisa de pausas. Precisamos recuperar o fôlego que perdemos diariamente em nossas lutas – internas e externas. Precisamos reorganizar nosso ser para o próximo dia. O automático vai atropelando nossos sentimentos e temos a falsa ideia de estar dando conta quando estamos a um passo de explodir.
Nessa explosão, você é obrigado a olhar para onde não estava enxergando: dentro de você. E passa a questionar os sentidos de tudo outra vez. Sente como se tivesse voltado vários passos. Sente como se não soubesse quem é ou o que está fazendo. Sente que não olhou para você mesmo enquanto cuidava de tudo ao seu redor.
É difícil reconhecer nossa vulnerabilidade. É difícil acolher nossa fragilidade e admitir que precisamos parar. Porque o mundo cobra conquistas e rejeita sentimentos ruins. A sociedade não nos permite demonstrar tristeza, logo somos vistos como fracos. E vamos engolindo tudo para não frustrar a expectativa dos outros.
Talvez hoje a sua vida e você precisem de pausas. Talvez hoje você precise respeitar os seus limites e contornos. Talvez hoje você precise, sim, cuidar de tudo que é sua responsabilidade, incluindo você mesmo.
Não é fraqueza diminuir seu ritmo. Não é fraqueza precisar de um tempo.
Se respeite e respeite as pausas que a vida lhe pedir. Sem medo. E tenha certeza de que você voltará com mais vigor e com mais vida para a caminhada.
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