Mais que produtoras de mel, elas são fundamentais para o equilíbrio da natureza, pois desempenham um papel essencial na polinização de plantas, o que contribui para a produção de alimentos e a preservação da biodiversidade. No entanto, nem tudo é só doce, já que seus ataques podem ser perigosos.
Como principais polinizadores naturais do mundo, as abelhas são responsáveis pela reprodução de diversas espécies de plantas, incluindo muitas que são fontes de alimentos para os seres humanos. Sem a polinização desses insetos, a produção de frutas e legumes, por exemplo, seria comprometida, o que afeta a segurança alimentar global.
Ao mesmo tempo em que são aliadas indispensáveis na manutenção da vida na Terra, as abelhas possuem mecanismos de defesa que podem se tornar perigosos ao se sentirem ameaçadas. Isso pode levar a situações potencialmente perigosas, como o ataque registrado recentemente em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba (PR), em setembro. Um enxame atacou um grupo de pessoas e deixou cinco feridos. Entre eles, um idoso de 83 anos, que ficou em estado grave.
De acordo com o médico Pedro Pinheiro, especialista em Medicina Interna e Nefrologia pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), sua picada é incômoda e dolorosa, mas não costuma evoluir além disso. A exceção ocorre nos pacientes que são alérgicos ao veneno das Hymenoptera, ordem que engloba as famílias das abelhas e vespas.
“A maioria das espécies de abelhas e vespas são animais dóceis que não costumam ferroar o ser humano, só quando se sentem atacadas. Ter uma abelha ao seu redor não representa perigo, a não ser que você tente acertá-la ou a esmague acidentalmente contra a sua pele. As abelhas não costumam atacar sem motivo. Em geral, longe de suas colmeias não apresentam comportamento agressivo e oferecem pouco perigo aos seres humanos. E mesmo próximo a suas colmeias, a maioria das abelhas não é agressiva”, explicou.
Entretanto, o médico alerta que há exceções, como as abelhas africanas, que são muito sensíveis e podem atacar o ser humano ao sentirem que a sua presença põe em risco a sua colmeia.
“Barulhos e movimentos bruscos podem irritá-las e causar ataques de várias abelhas ao mesmo tempo”, esclarece.
Se você for picado por uma abelha, é importante agir rapidamente. Retirar o ferrão, se possível, com cuidado para não espremer a bolsa de veneno. Lavar a área com água e sabão e aplicar uma compressa fria para aliviar a dor e a inflamação. Em situações de reações alérgicas graves, como dificuldade para respirar ou inchaço significativo, busque ajuda médica imediatamente.
Segundo as recomendações do Corpo de Bombeiros, em caso de picada, a vítima deve estar atenta à quantidade de picadas. Se a quantidade for grande, a indicação é procurar atendimento médico. Crianças, idosos ou pessoas alérgicas devem ser encaminhados urgentemente ao hospital de referência.
Para evitar ataques desses insetos, procure não fazer movimentos bruscos perto delas, especialmente se estiver próximo a uma colmeia. Mantenha a calma e se afaste lentamente se perceber que as abelhas estão se agitando.
Ainda segundo o Corpo de Bombeiros, o calor e a florada influenciam no surgimento de enxames itinerantes e aumento do número de insetos nas colmeias. Por isso, períodos de altas temperaturas tendem a deixar as abelhas, vespas ou marimbondos mais agitados e agressivos.
Mais recomendações do Corpo de Bombeiros do Paraná sobre os cuidados com as abelhas:
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