Quando se fala do aleitamento materno, é comum serem listadas as diversas vantagens oferecidas aos bebês. Mas o ato de amamentar também favorece a saúde da mulher em termos físicos e mentais. Pensando nisto, a Aliança Mundial para Ação de Aleitamento Materno (WABA, sigla em inglês) celebra a 31ª Semana Mundial de Aleitamento Materno em 2022, que ocorre entre 1º e 7 de agosto, com o lema: “Fortalecer a amamentação: educando e apoiando”. A semana introduz a campanha Agosto Dourado, que dedica o mês à conscientização da importância do contato entre mãe e filho.
Sobre a influência direta no corpo da mulher, Kátia Cristina, médica ginecologista-obstetra, explica que a amamentação imediata após o nascimento estimula o útero a voltar ao tamanho normal, além disso, o sangramento pós-parto é diminuído — com isso, reduz a chance da mãe ter anemia.
“Também é provado que ao longo da amamentação as mulheres que o fazem por mais tempo tem menor tendência a ter câncer de ovário e/ou de mama”, acrescenta a médica, membro da comissão de Pré-natal, Abortamento, Parto, Puerpério e Aleitamento da Associação de Ginecologia e Obstetrícia do RN (Sogorn).
Junto a esses fatores, até mesmo o sono e a redução das medidas são beneficiados. “A amamentação ajuda na perda de peso, pois faz com que a mulher consuma uma média de 800 a 900 calorias por dia”, afirma. E, normalmente, as mães que amamentam têm um sono de melhor qualidade, mesmo levantando várias vezes para amamentar, conseguem uma maior liberação de serotonina — o chamado hormônio da felicidade”, esclarece.
Acerca dos cuidados que se deve ter para um aleitamento seguro e mais tranquilo, Kátia salienta que o acompanhamento adequado e as informações necessárias desde o pré-natal ajudam no processo do enfrentamento às dificuldades do aleitamento materno.
“Só há vantagens na amamentação e as dificuldades podem ser resolvidas e até evitadas com a ajuda de profissionais. Na primeira consulta, costumo orientar quanto à preparação das mamas, como tomar banho de sol e não hidratar os mamilos com cremes para não desenvolver nenhuma fissura, são algumas precauções que devem ser tomadas”, afirma a obstetra.
Amamentar exige desafios, mas o leite materno é um alimento natural, de baixo custo, acessível, além de estimular a cognição do bebê e deve acontecer sob livre demanda, ou seja, quando a criança sente fome. Thais Araújo, professora do curso de Nutrição da Estácio, destaca que a alimentação da mãe influencia diretamente na nutrição do leite que produz e, consequentemente, na saúde do bebê.
“Por isso, desde a gestação, a mãe deve procurar ajuda de um profissional para a escolha de uma dieta rica em alimentos que vão contribuir para sua nutrição e ajudar, inclusive, no desenvolvimento cognitivo do bebê. Frutas, verduras, peixes, ovos, algas, oleaginosas e nutrientes considerados essenciais como vitamina D, magnésio, inositol, colina, ácido fólico, vitaminas do complexo B precisam se ajustados para o binômio mãe/bebê”, explica a nutricionista.
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