Ame como Santa Teresa de Calcutá

Ame como Santa Teresa de Calcutá

“Só se for a Madre Teresa de Calcultá”. Talvez você já tenha ouvido essa frase para expressar o nível de bondade e desapego, tão raros de se encontrar, atribuídos à religiosa que dedicou sua vida a cuidar dos pobres e doentes. Não é todo dia que a gente encontra alguém que deixa tudo para cuidar de quem já foi esquecido e muitas vezes desenganado pela sociedade, mas bem que podemos buscar ser, sim, mais Madres Teresas em exemplo de caridade, doação e amor.

Foi ela quem disse que “não há razão para desistir quando se sabe que é possível achar razões para ter esperança” e inspira milhões pelo mundo inteiro pelo seu exemplo de fé e entrega. Vamos conhecê-la um pouco mais e deixar que sua história desperte o melhor de nós? Em 5 de outubro, a Igreja celebra a sua memória litúrgica.

A vida pelo próximo

Nascida em uma família albanesa, no dia 27 de agosto de 1910, Agnes Gonxha Bojaxhiu era filha de um casal de fé fervorosa, tanto que foi batizada já no dia seguinte ao nascimento na Igreja do Sagrado Coração. Ela cresceu entre desafios e alegrias. Em sua Primeira Comunhão, sentiu em seu coração um forte amor pelas almas, fato que se renovou dentro dela até o fim da vida.

Aos 18 anos, se sentiu chamada a abraçar a vida religiosa, como uma “ordem de Jesus”. Em setembro de 1928, ingressou na Casa das Irmãs de Nossa Senhora de Loreto, na Irlanda, e assumiu o nome de Teresa, em homenagem a Santa Teresinha do Menino Jesus. Como sonhava em trabalhar junto dos pobres da Índia, com autorização de seus superiores foi enviada para fazer um trabalho de campo na região.
No dia 10 de setembro de 1946, em uma viagem de trem ao noviciado do Himalaia, deparou-se com um homem muito fragilizado pela miséria e que mendigava pedindo água. Olhando fixamente nos olhos de Teresa, ele disse: “tenho sede”. Nos dias que se seguiram, ela passou a ter locuções interiores e visões nas quais o próprio Jesus a convidava a ser canal da luz d’Ele entre os mais marginalizados. Essas experiências marcaram profundamente o seu coração, que resolveu dedicar toda a vida para socorrer os excluídos.

Missionárias da Caridade

Após um período de discernimento e apoio do Arcebispo de Calcutá, Teresa se desligou da sua antiga congregação e começou a ensinar em uma escola improvisada, que contava com apenas cinco crianças. Mais tarde, entendendo que a maior pobreza é não se sentir amado, ela fundou as Missionárias da Caridade, com o intuito de trabalhar na salvação e santificação dos mais pobres.

Logo seu trabalho inspirou muitas jovens que se espalharam pelo mundo. Até o final de sua vida já havia milhares de religiosas, religiosos, padres e leigos seguindo seu exemplo e carisma. Em pouco tempo, ela pôde iniciar a construção de uma cidade inteira reservada aos leprosos: Shanti Nagar ou a Cidade da Paz. Também criou um slogan que ficou famoso: “Vamos tocar um leproso com nossa compaixão”.

Dos grandiosos aos pequenos gestos

Por onde passava, Santa Teresa tudo fazia pelo bem dos rejeitados pela sociedade, o que acontecia até em relação aos pequenos gestos do dia a dia. Sempre que viajava de avião, recolhia os lanches oferecidos aos passageiros para levar aos que tinham fome. Às vezes, a própria equipe de bordo passava recolhendo doações para ajudar a missão da irmã.

Ao contrário do que muitos já falaram, antes de ser uma missão assistencialista, suas cartas comprovam que ela tinha clareza que devia levar a caridade do próprio Jesus. Sua maior dor era a de saber que muitos indivíduos sequer sabiam da existência do Senhor. Por isso, em 1942 prometeu para Deus que lhe daria qualquer coisa que pedisse, para que Ele fosse conhecido e amado. Sempre que abria um novo abrigo ou orfanato, o primeiro cômodo que erguia era uma capela. Para ela, nenhuma ação era possível sem a ajuda da oração e o apoio da presença divina da Eucaristia.

Como seu trabalho sempre incomodou muitos poderosos e militantes, foram organizadas massivas tentativas de difamar sua imagem, inclusive pela publicação de fatos distorcidos e notícias falsas a seu respeito e da congregação que fundou. Mesmo assim, Teresa permaneceu firme em sua missão de amor aos excluídos sem nada pedir em troca.

Apesar da perseguição de uns, também era admirada por diversas pessoas, inclusive por aqueles alheios à religião e líderes internacionais como a Princesa Diana. Foi nomeada pelo Papa João Paulo II como sua embaixadora entre as nações. Ganhou o Prêmio da Paz João XXIII em 1971, o Prêmio Templeton em 1972, o Prêmio Ceres Medal em 1976, o Nobel da Paz em 1979, o Bharat Ratna em 1980 e a americana Medalha Presencial da Liberdade em 1985.

Faleceu em 5 de setembro de 1997, vítima de uma parada cardíaca, mas deixou um grande legado. Atualmente, as Missionárias da Caridade possuem 770 casas pelo mundo todo, prestando assistência aos órfãos, moribundos, desabrigados, idosos e diversas pessoas mais vulneráveis.

Durante a pandemia, muita gente sem condições financeiras conseguiu um pouco de assistência graças a esse trabalho.

“Qualquer ato de amor, por menor que seja, é um trabalho pela paz.” Santa Teresa de Calcutá

 

Foto: Por Kingkongphoto & www.celebrity-photos.com from Laurel Maryland, USA – Mother Teresa best © copyright 2010, CC BY-SA 2.0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=74493804

O que você achou desse conteúdo?

Deixe seu comentário sobre o que você achou do conteúdo.

Aceito receber a newsleter do IDe+ por e-mail.

Comentários

Cadastre-se

Cadastre-se e tenha acesso
a conteúdos exclusivos.

Cadastre-se

Associe-se

Ao fazer parte da Associação Evangelizar É Preciso, você ajuda a transformar a vida de milhares de pessoas.

Clique aqui

NEWSLETTER

IDe+ e você: sempre juntos!

Assine nossa newsletter, receba nossos conteúdos e fique por dentro
de todas as novidades.