“No coração de cada homem,
por mais violento que seja,
há sempre uma semente de amor
prestes a brotar” (Irmã Dulce).
Usamos a palavra “amor” para sentimentos muito diferentes: o afeto que sentimos quando estamos apaixonados, o sentimento pelos nossos pais, filhos e entes queridos, e até mesmo o respeito e cuidado que dedicamos a nós mesmos: o amor–próprio.
Há um amor, no entanto, que é a fonte do amor de que falamos, um amor contagiante que a tudo suporta, que a tudo preenche e a tudo cura, nos qual nos sentimos seguros e fortalecidos: o amor incondicional, a lição que Jesus nos deixou.
O amor incondicional é um sentimento que parece natural, espontâneo, mas, na verdade, exige comprometimento e dedicação. Aprender a amar é um caminho longo, que, no entanto, traz grandes recompensas.
Infelizmente, nos dias de hoje, falamos muito sobre o amor, mas pouco o praticamos. Padre Reginaldo Manzotti lembra que é da natureza humana, ao praticar o amor, desejar se reconhecer na pessoa amada, para só então acolhê-la.
“Mas será que gostamos realmente do outro ou apenas das nossas afinidades? Sejamos sinceros, amar o diferente não é nada fácil (…)” (Parábolas, Editora Petra).
O amor ao próximo é o ensinamento mais presente que o Filho de Deus nos entregou. Mais do que apenas ajudar a quem precisa, amar ao próximo envolve praticar a compaixão, mesmo quando não há entre nós e o próximo nenhuma afinidade, quando não concordamos com as suas decisões, quando somos por ele hostilizados.
Sabemos disso. Como dissemos, o verdadeiro amor ao próximo exige comprometimento e dedicação.
Para Cristo, é impossível amar a Deus sem amar ao próximo, e nem é verdadeiro amor a atenção ao próximo sem o amor a Deus.
Por isso, São João nos diz que “aquele que não ama o seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê” (1Jo 4,20). Amá-Lo sem amar também ao próximo é um amor incompleto, que distancia a pessoa da lição do Criador. Por mais difícil que seja, o caminho certo para amar a Deus é, sem dúvidas, o coração do próximo.
Muitas pessoas acreditam que amar ao próximo tem a ver como abraçar e apoiar o irmão em todas as suas atitudes. Na verdade, o amor ao irmão deve estar presente em atitudes do cotidiano, como olhar para o outro com empatia, dedicar-lhe respeito e garantir a sua dignidade e bem-estar, agindo com solidariedade.
Esse amor não tem a ver com dizer “eu te amo”: ele envolve entrega, atenção às necessidades de quem está em sofrimento, ter tolerância com o outro. Demonstrar amor ao próximo é se colocar no lugar da outra pessoa, entender suas dificuldades e oferecer ajuda. É agir para o bem daquela pessoa sem esperar nada em troca.
Não quer dizer amar somente as pessoas que estão ao nosso redor, que nasceram no mesmo país que o nosso, na mesma família, que nos demonstram carinho. O amor de Jesus é incondicional, sem julgamentos ou ofensas. É o amor transformador.
Mas como colocar o amor ao próximo em prática e fazer parte dessa transformação? Confira algumas atitudes que separamos e nas quais você pode se inspirar:
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