Conheça esta relação de união e amor de duas irmãs: “Eu por ela, ela por mim, Deus por nós”

Conheça esta relação de união e amor de duas irmãs: “Eu por ela, ela por mim, Deus por nós”

Ó Deus, cria em mim um coração puro e renova no meu peito um espírito firme” Salmos 51(50) 12. Em uma vida de apego à Palavra é esse o Salmo que Maria Ana destaca como seu impulso de fé. Ela e a irmã, Aidee,  são as “meninas do Pinheirinho”, nome relacionado ao bairro de Curitiba no qual moram desde que nasceram.

As irmãs ajudaram a fundar igrejas para as quais dedicam seus serviços com amor e diversas pessoas são tocadas por suas ações. Elas são destaque pela relação de extrema união familiar e doação ao próximo. Na trajetória das duas, coração puro e espírito firme são essenciais para superar dores e perdas sem desanimar do valor da vida. Ânimo, inclusive, não falta. Maria Ana consegue realizar várias tarefas ao mesmo tempo e ir e vir nos cuidados da casa, incansavelmente, poucos dias após ter passado por cirurgia no auge de suas sete décadas.

Cada situação da vida contada pelas irmãs é diretamente relacionada aos papéis cumpridos em prol da igreja. Desde novas, precisavam ir até outros bairros para a missa, pois não existia nem capela próxima. Filhas de carpinteiro de carroça e mãe verdureira, a mais velha estudou até a 4ª série à época e, a mais nova, concluiu o Ensino Médio depois de adulta. Para a família de descendência italiana e ucraniana, o trabalho era a base de tudo, tanto o que traz o sustento material, quanto aquele que permite o amparo espiritual.

Juntas, cuidam da casa – Maria Ana é responsável pelo jardim, câmeras de segurança e tudo que está lá fora, e Aidee cozinha e cuida da área interna. A união é também responsável por transpor barreiras e perdas. A primeira foi a morte da mãe, em 1977. Em 1988, passaram pelo ano mais difícil. Primeiro, perderam o irmão, vítima de um acidente de trânsito. O pai, que já estava doente, piorou muito após essa situação, e morreu quatro meses depois do filho.

“Aquela época foi muito difícil. Meu pai ficou arrasado porque achava que o nosso ‘mano’ quem iria cuidar de nós duas depois que ele partisse e aí ele vai antes. A fé nos ajudou e uma cuida da outra com Deus olhando por nós”, disse Maria Ana.

Com a partida do irmão e do pai, precisaram resolver uma série de questões burocráticas ligadas aos terrenos da família. Por pouco não perderam os bens. Após decepções com alguns advogados, encontraram um profissional que cuidou do que antes era administrado pelo irmão advogado.

Mesmo assim, em tempos difíceis, em tempos mais tranquilos, a dedicação à Igreja é a mesma.

Pode acontecer o que for, mas Igreja é Igreja e serviço é serviço. Não deixamos de fazer. Somos as primeiras a chegar e as últimas a sair”, complementa Aidee. Maria Ana cuida do jardim da Igreja, é quem faz as atividades pesadas de carpir, regar e tudo mais do plantio.

As irmãs devotas do Sagrado Coração de Maria vivem em uma casa com flores e frutos bem cuidados e todos plantados por elas. Sempre tem chá colhido da planta à espera de visitas, galinhas correndo em um espaço do quintal e três animados cachorros que as acompanham por toda parte.

Segredos da relação de companheirismo

Há uma fórmula para convivência entre irmãos dar certo? Assim como nas outras, não há. Porém, há posturas que devem ser assumidas em nome da família, como frisou o Padre Chrystian Shankar em palestra no evento “24h em Oração na Presença do Senhor” em 2018, em Curitiba (PR), sobre o comportamento que devemos ter ao querer mudar algo dentro de casa. “Que a mudança da minha família comece em mim, comigo e por mim”, resumiu o Sacerdote.

Para Maria Ana e Aidee, concessão e respeito são primordiais.

“A gente briga de vez em quando. Mas ninguém nem pede desculpas e depois já volta a conversar. Não dá para ficar levando muito a sério pequenas discordâncias”.

Segundo as duas, há compromissos sagrados e não deixam de fazer, juntas, nem nos dias de desentendimentos: os momentos de rezar o terço e as refeições. No café da manhã, no almoço, no chá da tarde e no jantar, à mesa redonda e de toalha bordada por Aidee, elas se alimentam e agradecem por cada dia, enquanto resolvem questões de casa, da igreja e das pessoas a quem se doam.

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Comentários

  • Tatyana Casarino
    Que história linda a dessas irmãs. Também valorizo muito a união familiar. Parabéns! ❤🙏👏

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