Ar-condicionado no verão: como usar para garantir conforto sem deixar a saúde de lado

Ar-condicionado no verão: como usar para garantir conforto sem deixar a saúde de lado

Com a chegada do verão, muitos recorrem ao ar-condicionado para se manter frescos e garantir uma boa noite de sono. O uso do aparelho pode trazer benefícios, mas também alguns riscos para a saúde, dependendo de como é utilizado. Portanto, é fundamental saber como usá-lo de maneira adequada para aproveitar suas vantagens sem comprometer o bem-estar.

O ar-condicionado pode manter uma temperatura agradável, principalmente em regiões ou estações mais quentes, e proporcionar um sono mais tranquilo e reparador, já que um ambiente fresco favorece o descanso. Além disso, equipamentos mais modernos contam com filtros que reduzem a presença de alérgenos e poluentes no ar, o que beneficia pessoas com alergias respiratórias.

Ao diminuir a umidade, o ar-condicionado também ajuda a prevenir o crescimento de mofo e ácaros, o que é benéfico para quem sofre de problemas respiratórios. Contudo, é preciso cautela para que o uso não prejudique a saúde.

Embora traga conforto térmico, o aparelho também pode gerar efeitos negativos e prejudicar, principalmente, nariz e garganta, o que leva a desconfortos respiratórios e maior tendência a infecções. Para evitar esses problemas, é importante ajustar a temperatura corretamente e evitar temperaturas muito baixas, especialmente em ambientes fechados.

Segundo o otorrinolaringologista João Vianney, secretário do Departamento de Alergia da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia, em entrevista ao jornal O Globo, o maior risco não está no uso do ar-condicionado em si, mas na forma como ele é utilizado. O médico explicou que o ideal é não ficar no ar-condicionado por longos períodos, nem usar uma temperatura muito baixa. Ele recomenda que a temperatura mínima seja de 22°C, já que temperaturas mais baixas podem causar um desequilíbrio imunológico do corpo e piorar o ressecamento das vias respiratórias. O especialista também destaca que é fundamental ventilar o ambiente durante o dia para evitar que o ar se torne excessivamente seco.

Em entrevista ao mesmo veículo, o otorrinolaringologista Danilo Sguillar, da Beneficência Portuguesa de São Paulo, reforçou que o uso prolongado do aparelho pode ressecar as mucosas das vias respiratórias, o que torna o corpo mais vulnerável a infecções virais e bacterianas.

Dicas para um uso saudável do ar-condicionado

  • Temperatura moderada: o ideal é manter a temperatura do ar-condicionado entre 22°C e 26°C, para garantir conforto térmico sem ressecar demais o ambiente.
  • Manutenção regular: limpeza dos filtros e partes internas do aparelho é essencial para evitar a proliferação de ácaros e fungos.
  • Uso de umidificador: em ambientes muito secos, o uso de um umidificador pode ajudar a equilibrar a umidade do ar, o que evita o ressecamento das mucosas.
  • Ventilação do ambiente: é importante ventilar o ambiente regularmente. Durante o dia, abra as janelas para renovar o ar.
  • Dormir com o ar-condicionado: não é necessariamente prejudicial dormir com o ar-condicionado ligado, desde que a temperatura esteja ajustada corretamente e o aparelho seja bem mantido.

Mitos sobre o ar-condicionado

Há ainda diversos mitos que envolvem o uso do aparelho. Confira explicações da Daikin, empresa de origem japonesa com atuação no Brasil:

  • O ar-condicionado gasta muita energia?

Modelos mais modernos, com tecnologia inverter, são eficientes e economizam energia. Certifique-se de escolher um equipamento adequado ao tamanho do ambiente e fazer um bom uso da temperatura.

  • O ar-condicionado causa alergias?

O aparelho não é responsável diretamente pelas alergias. Contudo, pode agravar sintomas em ambientes mal ventilados ou com manutenção inadequada. Manter o equipamento limpo e os filtros trocados é fundamental.

  • O aparelho faz muito barulho?

Equipamentos mais novos, como os com tecnologia voltada a esse ponto, são silenciosos. Se um aparelho está fazendo barulho, isso pode indicar um problema, como sobrecarga.

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