Uma dúvida comum entre cristãos é: no caso de um matrimônio em que os pais têm religiões diferentes, eles podem batizar seus filhos na Igreja Católica? Antes de responder , cabe ressaltar que o batismo é o principal Sacramento na ordem da salvação. Dessa maneira, como ordenou Jesus, é dever da Igreja anunciar o evangelho e batizar em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Porém, como explica o Padre Rafhael Silva Maciel, Presbítero da Arquidiocese de Fortaleza, são necessárias algumas condições para que esse Sacramento seja administrado.
No caso de nenhum dos pais ser católico, é possível uma criança ser batizada. Para isso, um membro da família que seja católico batizado, com total consenso dos pais, pode pedir o batismo para aquela criança. Esse é o caso quando avós, tios e outros parentes declaram que a criança será educada na fé católica e solicitam o sacramento.
“O consenso escrito dos pais declara que aceitam que o filho seja batizado na Igreja e autorizam o pedido por parte dessa outra pessoa. Declaram, também, que não impedirão aos responsáveis que o filho será educado na fé católica”, explica o Presbítero.
É recomendado, mesmo assim, que os pais que não são católicos sejam convidados a participar de alguma formação própria sobre o significado do batismo. “Na ocasião, deve ser feita uma apresentação daquilo que é a fé da Igreja. Aproveitando esse momento como uma espécie de oportunidade de uma primeira evangelização ou reevangelização desses pais”.
Já quando os pais ou responsáveis, por não serem católicos, não garantem a educação do filho na fé católica ainda que acompanhados por outras pessoas, como os avós, não podem solicitar o batismo dos filhos.
“Inclusive, no diálogo inicial do rito do batismo, o celebrante pergunta aos pais e padrinhos se estão dispostos a educar o filho/afilhado, na fé da Igreja”, completa o Padre Rafhael.
O caso é diferente quando um dos pais é católico e o outro adota outra religião. Para isso, Padre Rafhael explica que basta que a parte católica queira batizar a criança para que isso aconteça. Ou seja, não é necessário o consenso da outra parte.
Tanto nos casos citados anteriormente (quando nenhum dos pais é católico) quanto neste (em que um deles é católico), o Presbítero ressalta a importância da escolha dos padrinhos. Exatamente porque os padrinhos deverão ser católicos com boa formação para ajudar na compreensão da fé e dos ensinamentos da Igreja Católica. Aqui no IDe+, já conversamos mais sobre como agir caso os padrinhos mudem de religião.
Todos os casos apresentados neste conteúdo tratam de crianças menores de idade, que não chegaram à razão, como é explicado no Código de Direito Canônico. Dessa maneira, adultos que desejam ser batizados podem fazer isso voluntariamente.
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