Hoje, além de celebrarmos o Dia das Mães, também temos outra data significativa para as mulheres. 8 de maio é o Dia Mundial do Câncer de Ovário. Apesar de ser uma “doença silenciosa”, o câncer de ovário requer muita atenção, pois é a segunda neoplasia ginecológica mais comum entre as mulheres – atrás apenas do câncer de colo do útero, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca). Estimativas do Instituto apontam que no Brasil sejam diagnosticados cerca de 6.650 casos por ano do triênio 2020/2022 e um número de óbitos de quase 4 mil, em cada um desses anos.
A evidência à luta contra o câncer de ovário é importante, pois dentre os tipos de câncer que afetam exclusivamente as mulheres, o de ovário é um dos que mais causam morte. Isto acontece pela dificuldade com o diagnóstico precoce da doença, tendo sintomas que podem ser confundidos com outras enfermidades. De acordo com o Inca, cerca de 75% dos casos são descobertos em estágio avançado.
Sobre a identificação da doença, Robinson Dias, presidente da Associação de Ginecologia e Obstetrícia do Rio Grande do Norte (Sogorn), alerta que é importante o especialista estar atento aos fatores causadores da doença e examinar com mais cuidado as mulheres de 50 ou mais. Alguns dos fatores de risco são a infertilidade, não ter tido filhos, uma menarca precoce, menopausa tardia, além de histórico familiar de câncer de ovário e/ou mama.
“Em seu período inicial, o câncer de ovário não apresenta sinais específicos, contudo, com o passar do tempo, o corpo pode manifestar alguns sintomas indicando a presença do câncer. São eles: pressão, dor ou inchaço no abdômen, pelve, costas ou pernas, náusea, indigestão, prisão de ventre, diarreia e cansaço constante”, esclarece o ginecologista.
“O indicado para a prevenção da doença é prestar atenção a estes fatores de risco, sempre ser franca com o médico sobre seu histórico para ele ficar alerta, além de manter uma rotina de vida saudável, principalmente após os 50 anos”, indica o presidente da Associação de Ginecologia e Obstetrícia do Rio Grande do Norte (Sogorn). O médico acrescenta que estudos indicam ser possível reduzir a possibilidade de ter o câncer de ovário, como gestações e amamentação, por exemplo.
Porém, Robinson Dias reforça a importância da regularidade na consulta médica para o médico ter uma concepção dos riscos. Caso haja alguma suspeita, Dias explica que deve ser realizado o exame clínico ginecológico, como também poderão ser pedidos exames laboratoriais e de imagem.
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