Para alguns leigos, qualquer templo católico onde são celebradas missas pode ser chamado de igreja. Mas não é bem assim. Existem subdivisões e hierarquias a serem observadas, já que a Igreja Católica, como instituição, possui estruturas que acolhem seus fiéis de formas variadas, conforme as comunidades onde estão presentes e suas características.
Cada templo tem uma finalidade específica e nomes diferentes para classificar sua atuação no acolhimento aos fiéis. Pode ser ermida, freguesia, capela, igreja paroquial, basílica, catedral ou santuário. Você sabe diferenciá-los? A seguir, vamos conhecer as diferenças básicas entre alguns templos católicos.
É a estrutura mais modesta entre os templos católicos, munida apenas de um altar para celebrações de missas e pequenos ritos realizados por um padre que exerce suas funções de forma itinerante, já que a capela é subordinada ou pertence a uma determinada paróquia.
Geralmente, a capela não possui um sacerdote responsável por sua administração. Quando há, o padre é chamado de “capelão”. É o caso de capelas que estão dentro de fazendas, universidades e hospitais, por exemplo.
A origem do termo capela, de acordo com a tradição cristã, tem ligação com São Martinho de Tours, que costumava usar capa, já que era militar, e um fato ocorrido com ele. Certo dia, São Martinho se deparou com uma pessoa em situação de rua que reclamava de muito frio. Não hesitou em sacar a espada e cortar sua capa pela metade, dividindo-a com o homem, uma “capela” para cada.
Dias depois, São Martinho de Tours teve uma aparição surpreendente. Jesus surgiu para ele, agradeceu seu ato de caridade e devolveu a metade da capa. Ele era o próprio homem com frio que o santo ajudou.
Existem também capelas dentro de templos maiores. O Santuário Nacional de Aparecida, no interior de São Paulo, é um deles, com suas cinco capelas: Ressurreição, do Santíssimo, de São José, do Batismo e das Velas.
Trata-se de um templo católico, com qualidade de paróquia, onde um padre ou vigário repassa instruções episcopais a religiosos e fiéis, a partir de sua autoridade religiosa e de acordo com sua jurisdição eclesiástica. É na igreja que o padre atua em uma comunidade.
A igreja é o local onde são difundidos os ensinamentos de Jesus e onde se dá a união entre Deus e os homens. Ela está presente em vários momentos da vida do católico, desde o batismo, catecismo, primeira comunhão, passando pela crisma e até pelo casamento.
O termo “igreja” vem do latim “ecclesia” e significa “assembleia, reunião”. Um significado que cabe certinho em sua proposta: promover encontros entre Deus e a comunidade.
Pode-se dizer que é um templo diferenciado, de grandes proporções, que guarda relíquias de um ou mais santos da Igreja Católica. Exerce influência sobre algum país ou região e ainda sobre religiosos e leigos de sua jurisdição eclesiástica.
Sua estrutura é capaz de receber milhares de fiéis. O Papa é quem autoriza a existência e o funcionamento de uma basílica.
O Santuário de Aparecida, já citado como exemplo, foi sagrado como Basílica Menor pelo Papa João Paulo II em 1980. Um templo recebe essa designação quando se localiza fora do Vaticano e tem a mesma importância que as Basílicas Maiores, localizadas em Roma e ligadas diretamente ao líder maior da Igreja Católica, como a Basílica de São Pedro.
No Brasil, há 71 basílicas. A primeira instituída no Brasil foi a Basílica Velha de Aparecida, no interior de São Paulo, cujo título foi dado em 1908 pelo Papa Pio X. Portanto, a cidade de Aparecida possui dois desses templos.
Já o último templo a receber o título foi a Basílica Menor de Santo Antônio de Pádua, igualmente em São Paulo.
As diferenças entre os templos ocorrem, mas o que permanece igual é a sua razão de existir. Capela, igreja ou basílica, o que importa mesmo é a função social que exercem: difundir a palavra de Deus e aproximar os fiéis ao Senhor.
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