Ela nasceu em Siena, no coração da Itália, no século XIV e foi ainda na mais tenra infância que Catarina – Santa Catarina, anos mais tarde – ouviu o chamamento de Deus. Era tempo de brincadeiras e nada mais. Porém, a pequena devota aproveitava o silêncio e a solidão da sua casa para rezar.
Havia outra prática na rotina de Catarina de Siena. Essa, um tanto dolorosa. É que, além das rezas, que foram ficando cada vez mais frequentes e duradouras, ela começou a flagelar os próprios ombros com uma corda. Uma espécie de autopenitencia que fazia motivada pelo amor a Deus.
A vontade de ficar sozinha aumentou e, durante um sonho, visualizou uma gruta solitária onde podia esconder-se para conversar exclusivamente com Deus. Um dia, acordou e saiu à procura da gruta dos seus sonhos. Ao encontrá-la, pôs-se de joelhos e rezou fervorosamente até que foi levantada do solo e flutuou.
Em uma de suas preces, a Santa suplicou à Virgem Maria que a conservasse casta, para que se tornasse esposa de Jesus. Seus pais, entretanto, queriam vê-la casada. Foi quando ela cortou os próprios cabelos bem curtinhos, imaginando que assim se tornaria menos interessante para compromissos matrimoniais.
Em outro sonho marcante, ela recebeu a visita de São Domingos de Gusmão. Santa Catarina então tomou a resolução de se tornar “mantelata”, como eram chamadas as leigas da ordem dominicana. Quando comunicou sua decisão aos familiares, as reações foram bastante negativas. Mas seu pai enfim compreendeu e acalmou os demais.
Quando foi admita na Ordem Terceira de São Domingos, não demorou para que ela começasse a ser notada. Como afirmou o Papa Bento XVI, “foi-se constituindo uma verdadeira família espiritual. Tratava-se de pessoas fascinadas pela respeitabilidade moral desta jovem mulher de elevadíssimo nível de vida, e por vezes, impressionadas também pelos fenômenos místicos aos quais assistiam, como os frequentes êxtases”. Chamavam-na de “dolcissima mamma”, pois se consideravam seus filhos espirituais.
Santa Catarina de Siena tinha visão e cumpriu um papel importante na história da Igreja ao pedir ao Papa Gregório XI o fim do “grande cisma do Ocidente” para que houvesse unidade entre os católicos do mundo.
Nos seus últimos anos de vida, a Santa de Siena dedicou-se inteiramente a Nosso Senhor, sendo coroada com os santos estigmas, chegando a passar 55 dias sem qualquer outro alimento além de hóstias. Um milagre vivo de Deus. Por isso mesmo, menos de um século depois de seu nascimento para o Céu, foi canonizada pelo Papa Pio II.
Desde 1866 é a padroeira da Itália em companhia de São Francisco de Assis. Em 1970, Catarina foi proclamada Doutora da Igreja pelo Papa Paulo VI e, em 1999, Santo João Paulo II nomeou-a uma das seis padroeiras da Europa.
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