Após cinco anos e oito meses de trabalho intenso e muitas expectativas, a Catedral de Notre-Dame reabriu suas portas nesse sábado (7) em um novo capítulo da sua história. O retorno da icônica joia gótica de Paris foi celebrado com uma cerimônia que uniu líderes globais, fiéis e amantes da arte e da arquitetura.
A reabertura desse patrimônio da humanidade acontece após o incêndio de abril de 2019, que destruiu o telhado e a famosa flecha da catedral. A reconstrução, realizada com a promessa de restaurá-la em cinco anos, só foi possível graças a um esforço internacional que arrecadou 843 milhões de euros, dos quais 700 milhões foram investidos na restauração inicial.
A cerimônia de reabertura começou com o Arcebispo de Paris, Laurent Ulrich, batendo nas portas da catedral com seu báculo, em uma tradição litúrgica. As portas se abriram ao som do Salmo 121, cantado três vezes, como símbolo do renascimento de Notre-Dame.
No interior, os participantes presenciaram o “despertar” do grande órgão da catedral, o maior da França, com 8 mil tubos. Em seguida, hinos e orações ecoaram pelo espaço restaurado, culminando no canto do Te Deum, em um momento de profunda emoção.
Entre os presentes, cerca de 50 chefes de Estado e governo. Bombeiros que ajudaram a combater o incêndio foram aplaudidos pelo serviço realizado, que impediu a destruição completa do edifício. A ausência do Papa Francisco, que preferiu não ofuscar o evento, foi compensada pela presença de 170 bispos e padres de diversas partes do mundo.
O esforço para reproduzir os detalhes da edificação medieval contou com 2 mil especialistas em técnicas de construção e preservação, como arquitetos, engenheiros, carpinteiros, artesãos e vidraceiros. A reconstrução manteve a fidelidade aos projetos originais, incluindo a restauração da flecha icônica com um novo galo no topo, agora novamente erguida sobre o céu de Paris. Internamente, vitrais limpos e restaurados deixaram a luz natural preencher o espaço como há muito não se via. As pinturas e pedras também foram cuidadosamente revitalizadas, o que surpreendeu até mesmo os responsáveis pela obra.
Os recursos excedentes serão usados para concluir a restauração da sacristia e outras áreas do prédio. Notre-Dame, que durante séculos testemunhou a história da humanidade, renasce mais uma vez como símbolo de fé, cultura e união, pronta para receber milhões de visitantes anualmente.
A reabertura da Catedral de Notre-Dame representa uma celebração da fé e da resiliência. As Santas Missas retornaram no domingo (8), abertas ao público mediante reserva, e eventos especiais já estão programados para as próximas semanas, como concertos e celebrações litúrgicas.
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