Cinco pinturas católicas que têm muito a dizer sobre a fé

Você gosta de ver aqueles quadros bonitos que estão em algumas igrejas? E já parou para pensar qual a função deles?

Além de servirem para embelezar os espaços religiosos, também nos ensinam coisas maravilhosas sobre Deus. São como catequistas mudos que “falam” ao nosso coração de diversas maneiras, ampliando nossas expectativas sobre o que é divino e humano.

As pinturas também costumam despertar os sentimentos mais íntimos e reflexões profundas sobre a religião, o mundo e nós mesmos.

Confira cinco pinturas criadas por artistas católicos

Ícone de Theotokos de Vladimir – São Lucas Evangelista (entre 0-84 d.C.)

São Lucas ficou conhecido não apenas por ter escrito o terceiro livro dos Evangelhos de Cristo, mas também por ser um querido médico e um extraordinário pintor. A ele são atribuídas muitas pinturas, sendo uma delas a linda e famosa “Theotokos de Vladimir” ou “Virgem de Vladimir”.

Além de ter uma história envolta de muitos acontecimentos sobrenaturais, a “Theotokos de Vladimir” ficou mais conhecida por ter milagrosamente livrado a Rússia da invasão do exército Tártaro, tornando-se assim a padroeira daquele país. A Theotokos, que significa “Portadora de Deus”, ou também “Mãe de Deus”, atualmente se encontra na Galeria de Tretyakov, em Moscou.

A Anunciação – Fra Angelico (1395-1455)

O pintor italiano Giovanni de Fiesole, mais conhecido como Fra Angelico, foi beatificado pelo Papa São João Paulo II em 3 de outubro de 1982, ganhando também o título de “Padroeiro Universal dos Artistas”. Uma de suas obras mais conhecidas é a famosa “A Anunciação”, exposta do Museu Curico, da cidade de Cortona, na Itália.

Nela podemos ver a cena na qual o Arcanjo Gabriel anuncia a Maria que ela será a Mãe do Salvador, conforme o primeiro capítulo do Evangelho de São Lucas. Na mesma, fica evidente certa serenidade por parte dos personagens, transmitindo tranquilidade, paz e conforto. Alguns estudiosos supõem que Fra Angelico chegou até mesmo a estudar a anatomia das asas dos pássaros, para assim poder representar as asas do Arcanjo Gabriel de maneira tão surpreendente. Vale a pena contemplar um pouco esta magnífica obra.

A assunção da Virgem Maria – Peter Paul Rubens (1577-1640)

Peter Paul Rubens nasceu em Siegen, no ano de 1577 e mesmo seu pai sendo protestante, o menino cresceu recebendo uma profunda educação católica. Em contato com outros artistas Peter aprendeu a admirar a arte italiana, e com ela, as obras que representavam a beleza da fé cristã. Em 1598 entrou para a Guilda de São Lucas, uma famosa associação que reunia artistas proeminentes dos Países Baixos, eternizando assim sua fama entre os admiradores das artes.

Uma das obras mais famosas de Peter foi a Assunção da Virgem Maria, concluída em 1626 e até hoje presente no altar-mor da Catedral de Nossa Senhora em Antuérpia (Bélgica).

Pentecostes – Juan Bautista Maíno (1569-1649)

Nascido em Pastrana, uma cidadezinha a quase 100km de Madrid, Juan foi educado na Itália sob a influência de grandes artistas daquela época. Entrou para a Ordem Dominicana no ano de 1613, e alguns anos depois, entre 1615 e 1620, pintou o “Pentecostes”, que junto com outras magníficas obras compunham o retábulo do altar-mor do convento de São Pedro Mártir de Toledo. Hoje essa pintura se encontra no Museu do Prado e é uma das mais conhecidas do mundo cristão.

A Virgem do Rosário – Bartolomé Esteban Murillo (1617–1682)

Conhecido por representar o estilo Barroco, Esteban Murillo nasceu em Sevilha, na Espanha. Era o 14º filho, mas acabou perdendo os pais muito cedo. Depois que se casou, Esteban teve nove filhos, porém, quatro deles morreram durante a grande peste de Sevilha, que dizimou quase metade da população da cidade no ano de 1649. Durante os cinco anos seguintes, Esteban pintou “A Virgem do Rosário”, que se trata de uma bela obra retratando a Virgem Maria trazendo o Menino Jesus ao colo sendo esse envolto por um grande Rosário. A pintura transmite uma sensação de segurança, de conforto e inspira devoção à Santíssima Mãe de Deus como aquela que socorre nos momentos difíceis.