Empatia é a capacidade de compreender e compartilhar os sentimentos de outra pessoa. Um exemplo prático é quando alguém se dispõe a ouvir atentamente um amigo em sofrimento, oferece apoio e compreensão sem julgamentos. É quando alguém faz pelo próximo exatamente o que ele precisa, por saber de alguma maneira se colocar no lugar do outro — ainda que a sua própria realidade ou situação seja diferente daquela.
De acordo com o dicionário Houaiss, empatia é “a capacidade de se colocar no lugar de outra pessoa, compreendendo seus sentimentos e perspectivas”. A Palavra de Deus oferece diversos ensinamentos sobre empatia e destaca em muitos momentos a importância de amar e cuidar do próximo como uma compreensão do que é a vida cristã e do que Deus espera de Seu povo.
Um exemplo está em Gálatas 6, 2: “Levai as cargas uns dos outros, e assim cumprireis a lei de Cristo”. Esse versículo incentiva os cristãos a compartilhar os fardos dos outros, a viver a solidariedade. Ao fazer isso, os fiéis estão cumprindo a lei de Cristo, que é baseada no amor e na compaixão.
Outro ensinamento importante sobre empatia está em 1 Pedro 3, 8: “E, finalmente, sede todos de um mesmo sentimento, compassivos, amando os irmãos, misericordiosos e afáveis”. O texto fala sobre ser compassivo e misericordioso, cultivar um sentimento de unidade e amor fraternal, se identificar com os sentimentos dos outros e agir com bondade.
Jesus Cristo, em Seus ensinamentos, destacou a importância da empatia. No Sermão da Montanha, Ele disse: “Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia” (Mateus 5, 7). A misericórdia, que envolve a capacidade de reconhecer a dor do outro e agir para aliviá-la, é uma forma de empatia. Jesus promete que aqueles que mostram misericórdia aos outros também receberão misericórdia.
Pessoas citadas na Bíblia exemplificaram atitudes empáticas ao longo de suas vidas. O Bom Samaritano é umas das histórias mais cheias de significado e foi contada pelo próprio Salvador. Na parábola contada por Jesus (Lucas 10, 25-37), um samaritano, ao ver um homem espancado e abandonado na estrada, parou para ajudar, cuidou de suas feridas e garantiu que ele recebesse tratamento adequado. Esse ato de bondade e compaixão, especialmente entre pessoas de grupos historicamente rivais, materializa a empatia genuína. Essa parábola foi usada para que Jesus explicasse sobre o comportamento de amor que Ele espera e sobre o qual disse: “vá e faça o mesmo”.
Outro exemplo é José do Egito. Após ser vendido como escravo por seus próprios irmãos, ele se tornou uma figura poderosa no Egito. Quando seus irmãos foram pedir ajuda durante uma situação de miséria, ele poderia ter se vingado, caso escolhesse ceder à ideia de “devolver na mesma moeda”. Em vez disso, José escolheu perdoá-los e prover suas necessidades e de seu pai. Além de fornecer o que precisavam materialmente, os abraçou emocionado (Gênesis 45, 1-15). Ele demonstrou empatia ao compreender o desespero de seus irmãos e oferecer apoio.
Por todos esses exemplos, é fácil perceber que a empatia é uma atitude a qual os cristãos são chamados a ter para se tornarem mais semelhantes a Cristo. A vida de Jesus é um exemplo perfeito de empatia em ação. Ele curou os enfermos, confortou os aflitos e chorou com os que estavam em luto, mostrando o caminho a ser repetido por Seus filhos, com toda a sua Sua capacidade de sentir e compartilhar as dores dos outros.
Ter empatia também pode ser visto como uma escolha ativa e é fundamental para uma vida cristã verdadeira. Deus espera que Seu povo seja compassivo, misericordioso e disposto a dividir os problemas e necessidades uns dos outros. Ao procurar viver com empatia, cada um contribui para tornar o mundo um lugar melhor.
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