O Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, 21 de setembro, marca a construção de mobilizações para a inclusão. A data reforça a acessibilidade como um compromisso contínuo, que precisa da atenção em todos os locais, principalmente dentro dos lares, que podem ser mais acessíveis e acolhedores.
A arquiteta Marina Lima explica que é totalmente possível transformar as residências em espaços inclusivos e seguros. A necessidade de adaptação varia de pessoa para pessoa, mas o objetivo é sempre promover a inclusão no lar e na sociedade para proporcionar um senso de pertencimento.
“O nosso lar é o lugar que mais devemos nos sentir bem, confortáveis e seguros. As adaptações para as pessoas cadeirantes, cegas ou que necessitam de algum reforço podem ser encontradas nas normas de acessibilidade”, esclarece.
Para tornar uma casa ou apartamento acessível, é importante seguir algumas recomendações-chave. A arquiteta aponta dicas e pontos de atenção:
“As adaptações residenciais podem fazer uma grande diferença na vida das pessoas com deficiência. Seguir as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é essencial para garantir que as modificações atendam às necessidades específicas”, compartilha Marina Lima.
Ao receber visitantes com deficiência em casa, é fundamental criar um ambiente acolhedor e inclusivo. Marina Lima aconselha criar espaço livre, que garanta uma circulação de, no mínimo, 1,50m. Elimine obstáculos que possam dificultar o movimento seguro.
Além do mais, realizar ações que colaborem com a autonomia.
“É possível, por exemplo, disponibilizar itens e objetos a alturas acessíveis para que as pessoas se sintam à vontade e independentes”, reforça.
A inclusão de pessoas com deficiência vai além da conformidade com normas. É um comprometimento em criar um ambiente para todas as pessoas, que promova a independência e a igualdade, o que pode fazer toda a diferença na qualidade de vida.
Papa Francisco já se pronunciou diversas vezes sobre a missão dos cristãos com a inclusão. No ano passado, no “Dia Internacional das Pessoas com Deficiência”, celebrado em 3 de dezembro, o Pontífice falou:
“De fato, não basta defender os direitos das pessoas, mas é preciso agir para responder às suas necessidades existenciais, nas suas várias dimensões, corporal, psíquica, social e espiritual. Cada homem e cada mulher, seja qual for a condição em que se encontrem, são portadores não só de direitos que devem ser reconhecidos e garantidos, mas também de instâncias ainda mais profundas, como a necessidade de pertencer, de relacionar-se e de cultivar a vida espiritual a ponto de experimentar e bendizer ao Senhor por este dom maravilhoso e irrepetível”.
Deixe seu comentário sobre o que você achou do conteúdo.
Assine nossa newsletter, receba nossos conteúdos e fique por dentro
de todas as novidades.