“Quero acreditar, mas não sei o caminho” – Como combater o ateísmo e a incredulidade.
Será que é possível não acreditar em nada? Para Guilherme*, jovem de 21 anos, só é possível acreditar no que está aos seus olhos e de modo material. Apesar de ter sido batizado na Igreja, afirma que a família apenas cumpriu a tradição pelas origens católicas italianas, mas não existe na rotina da casa práticas como orações.
O rapaz, que hoje é estudante universitário, diz que só tem fé no próprio esforço, ainda que não saiba explicar de onde sua força vem. Ateu, atribui sua descrença a falta de contato “real” com a espiritualidade e aponta erros de religiões como justificativas.
Mesmo o rapaz que afirma ser ateu diz que seria bom acreditar em Deus, mas entende que é algo que “ou se sente ou não sente” e não teria como passar a sentir. Para o Padre Reginaldo Manzotti, porém, existem passos para se libertar do ateísmo e da incredulidade. Esse caminho não está apenas em ir à Missa aos domingos e fazer confissões esporádicas.
*nome fictício
São Tomás de Aquino, filósofo, teólogo e padre dominicano, declarado santo pelo papa João XXII, buscou utilizar a filosofia greco-latina clássica (sobretudo ensinamentos de Aristóteles) para compreender a revelação religiosa do cristianismo.
Ele esclarece as provas da existência de Deus por cinco vias que levam ao encontro de uma fonte transcendente: o movimento das coisas no mundo, que não seria possível sem a ação de um “primeiro motor”; a cadeia de acontecimentos, resultado obrigatório de uma “causa primeira”; a contingência em si, a qual, inevitavelmente, é precedida por um “fato necessário”; os graus variáveis de perfeição, relacionados a um “grau máximo” do qual os outros graus estão mais ou menos próximos; a finalidade implícita naquilo que ocorre ou não, sugerindo a existência de um “governo” por trás de tudo (Suma teológica I, q. 2, a.3).
“A maravilhosa disposição e harmonia do universo só pode ter tido origem segundo o plano de um Ser que tudo sabe e tudo pode. Isso fica sendo a minha última e mais elevada descoberta” – Isaac Newton.
É muito comum entre ateus e agnósticos a ideia de só acreditar no que vê. Essa ideia não surgiu na modernidade. O próprio apóstolo de Jesus Cristo São Tomé queria provas materiais da ressurreição e da assunção de Maria aos céus.
Segundo a psicóloga Bianca Soprana, que também estuda e trabalha a questão da espiritualidade, a fé é muito mais espiritual que lógica. “Quem tem fé sabe o que sente. Quem não tem não consegue compreender exatamente de que se trata quando alguém fala da sua”.
O Padre Reginaldo Manzotti explica que a fé não é um simples conjunto de ideias e códigos morais, mas um encontro com a pessoa viva de Jesus. “É um esforço de intimidade”, disse o Sacerdote.
A principal diferença entre ateu e agnóstico é que o primeiro não acredita na existência de Deus e o segundo não acredita nem desacredita, mas afirma que não é possível ter certeza e, portanto, não há como afirmar que Ele existe.
“Ó, Senhor, peço-Vos perdão por todas as vezes em que fui incrédulo e não permiti que Vossa mão poderosa conduzisse minha vida. Agora, meu Jesus, pelo exemplo de São Tomé, coloco-me aos Vossos pés e clamo com todo o meu amor e devoção: “Meu Senhor e meu Deus!
São Tomé, rogai por mim, agora e sempre.
Amém.”
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