Quanto tempo uma criança pode e deve ficar na frente da televisão e do celular em redes sociais e jogos? Que tipo de conteúdo e brincadeiras estão liberados de acordo com a idade? A criança pode realmente ter comportamentos violentos se tiver contato com vídeos desse estilo?
Parecem clichês, mas essas perguntas são muito comuns entre pais, tios e avós. De acordo com a UNICEF, a primeira infância, período da concepção até os 6 anos de idade, é considerada uma janela de oportunidades crucial para a saúde, o aprendizado, o desenvolvimento e o bem-estar social e emocional das crianças. Principalmente nos dois primeiros anos de vida, que é quando o cérebro consegue fazer mais conexões entre os neurônios e permite que sejam aprendidas as habilidades emocionais, cognitivas e sociais, e o desenvolvimento da capacidade intelectual, de aptidões e de competências com maior facilidade.
Confira as dicas da Renata Bermudez, especialista em disciplina e sono infantil, para proporcionar às crianças um ambiente estimulante:
“A recomendação para bebês de até dois anos é de não se ter acesso a telas. De 2 a 10 anos, deve-se limitar a 1 a 2 horas diárias. Depois disso, é importante manter a exposição abaixo de 3 horas por dia”.
De acordo com Renata, o primeiro filtro deve ser a classificação etária. “Todos os conteúdos de televisão ou jogos têm. Especialistas são responsáveis por fazer essa classificação, de acordo com a fase de desenvolvimento da criança”, explica.
Ela orienta que outro critério interessante é ver se o conteúdo promove a cooperação, e não a competição, e valores compatíveis com o que deseja estimular na criança. “Reparem que heróis não são os conteúdos mais indicados em muitos casos, uma vez que as questões são frequentemente resolvidas com violência, o que discorda de valores de uma sociedade mais pacífica. Além disso, crianças costumam imitar os comportamentos que testemunham. Quer dizer que esses conteúdos podem causar conflitos ou agressões, mesmo que o intuito da criança seja brincar”, completa.
No caso de jogos, a especialista indica os de raciocínio lógico, bem como os que tratam de planejamentos, como os de montar e gerir fazendinhas, cidades, entre outros.
Aqui, a dica é usar os softwares de controle parental como aliados. “O Google Family Link, por exemplo, é gratuito e permite aos pais selecionar o que os filhos podem acessar em termos de aplicativos e filmes. Também ajuda a limitar o tempo de uso geral de celulares, tablets e computadores, em jogos, a determinar a hora de dormir, pois bloqueia as telas”, detalha Renata.
“O mais importante para o desenvolvimento das crianças é o brincar livre, preferencialmente gastando energia. Sempre que possível, passeie em praças, parquinhos e outros espaços de diversão que as crianças possam se exercitar”.
“Pode ser, a pintura, o desenho, quebra-cabeças. Vale também estimular a participação na rotina da casa, como o preparo de refeições simples, limpeza, organização, entre outros, de acordo com a capacidade motora e de compreensão da criança”.
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