O momento da entrevista para um emprego é bastante sério e requer foco e atenção. Afinal, ele pode definir os rumos da vida de uma pessoa e da sua família. Independentemente da idade, é preciso estar preparado para quando for submetido às perguntas de um recrutador ou representante do departamento de Recursos Humanos da empresa em que se está tentando ocupar uma vaga.
É preciso estar seguro durante a entrevista. Recomenda-se saber o que vai dizer na hora, pensar como vai se apresentar, como se vestir para a ocasião, conhecer a empresa em que você está tentando trabalhar e, claro, estar pronto para responder os mais diversos tipos de perguntas.
O educador executivo, consultor em gestão e mentor de liderança Veridiano Andrade conta que costuma observar o comportamento e o que o candidato escreveu no currículo, levando em conta a história de vida e profissional de cada um.
“Sempre gostei de entender como eram as relações da pessoa com a família, cônjuge, companheiro, companheira, seja lá qual for, dentro trabalho, mas também da vida pessoal. Gostava de saber quais eram seus hobbies, o que ele ou ela gosta de fazer e o que não gosta de fazer”, comenta Veridiano, que é colunista do portal IDe+.
Para ele, é importante saber a história de vida do candidato para entender quais as dificuldades que ele passou e entender o seu grau de resiliência sobre problemas enfrentados no dia a dia: “Porque, afinal de contas, emprego é relacionamento. Você trabalha com pessoas para atender pessoas.”
O consultor destaca três dicas básicas a serem seguidas pelos candidatos a uma vaga de emprego. A primeira é estudar sobre a organização em que vai participar da entrevista; saber quais são os valores dela, quais os propósitos, qual a missão, quais são os grandes projetos sociais de governança que ela possui.
“Atualize-se sobre a empresa para a qual você vai fazer a entrevista. Tente entender como funciona essa estrutura; porque às vezes você está fazendo entrevista para uma empresa de um grupo de empresas. Isso é superimportante para você não falar o nome da empresa errado, não falar besteiras”, indica Veridiano Andrade.
A segunda dica – e não menos importante – é ser você! É importante reler o que está escrito no currículo e se guiar no que está lá. E o que não está lá e você considera importante estar nas entrevistas, é preciso contar, ressaltar as coisas boas conquistadas bem como os erros cometidos.
“Coloque os pontos de vista e, principalmente, os aprendizados que você teve com aqueles problemas, porque essa história de super profissional que não erra não existe! Vai errar, todos nós erramos A maior dica é: seja você! Seja o que você é de verdade, não omita coisas porque elas aparecem”, diz o gestor de liderança.
É bastante recomendável não envolver emoções e sentimentos sobre outras pessoas, sobre as organizações, empresas, sobre por onde você passou, comenta Veridiano. “O ideal é ser o mais isento possível. Conte o que você fez, conte a sua história”, orienta.
A última dica é fazer todas as perguntas e tirar todas as dúvidas sobre o cargo, sobre a área, sobre a empresa, sobre tudo o que for preciso saber para ocupar a vaga.
“Porque o emprego não é de um lado só; não é de alguém que só está te contratando. É uma escolha sua também trabalhar naquela empresa”, resume Veridiano.
Sobre a questão do comportamental, têm muitas pessoas que acreditam que a postura durante a entrevista diz muita coisa. Eu nunca consegui fazer essa leitura porque, dependendo do momento que a pessoa está vivendo, ela está desempregada há muito tempo, aquilo lá é algo muito importante e ela pode estar muito nervosa e esconder isso. Eu sempre tento deixar as pessoas à vontade. E aí, é respirar mesmo, respirar fundo. A minha dica pra esses momentos de entrevista é: ‘Cara, relaxa e seja você, seja sincero, conte suas histórias de verdade, por que a história é sua. Você não precisa mentir e você não precisa ter medo de falar onde você errou, quando você errou. Isso é muito valorizado, porque toda vez que nós erramos e a gente está contando nossa história, a gente está aprendendo, e mostra que do erro a gente teve aprendizados. E o que deve ser evitado? Falar mal do antigo chefe ou da antiga empresa, falar mal do outro. É focar em você, porque a entrevista é sua, o que interessa é você. E quando você tiver que relatar alguma coisa, não faça julgamento de causa, não coloque sua opinião pessoal, sentimentos. Apenas relate o que aconteceu.
Depende de cada Recursos Humanos. Mas, independentenebte se o RH olha ou não as redes sociais, todo filtro, quando chegava no short list comigo, os três ou dois últimos candidatos que eu tinha de entrevistar, eu ia buscar, sim, nas redes sociais. Eu sempre quis saber como eram os comportamentos, os comentários, os posts das pessoas, porque hoje a gente não está isento a isso. Nós temos a nossa vida e o que nós colocamos nas redes sociais, queira ou não, de forma voluntária ou involuntária; que não existe, né?; É o que a gente é. Acho que as redes sociais hoje revelam muito isso. Então, tem que tomar muito cuidado com as redes sociais. Elas são uma página sobre você e como você se expõe. E aí a questão é: ter ou não ter redes sociais? Não sei! Cada um tem o seu interesse. Mas hoje em dia, em um mundo tão conectado, não ter rede social faz com que algumas pessoas possam interpretar como: ‘Puxa vida, por que não tem rede social? O que está escondendo?’ Pelo menos, quando a gente está falando de profissão, um LinkedIn bem montadinho, bem interativo, faz muita diferença na vida das pessoas que estão dentro do segmento do mundo corporativo, onde estão buscando emprego, trabalhando.
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