Todos os anos, bastante gente espera novas oportunidades, curas e um cenário de bonanças. Ter esperança e acreditar que o melhor está por vir é um comportamento muito bem-vindo, especialmente para cristãos, que acreditam na Boa-Nova. Por isso, o IDe+ e o Jornal do Evangelizador têm um convite: além de fortalecer as esperanças que 2021 será melhor para cada um, vamos refletir sobre como também podemos ser melhores para esse ano?
Para isso, é preciso pensar em ser melhor para si, para a família e para toda a sociedade. Trata-se de uma chamada à reflexão e à ação, após um 2020 desafiador, que chega ao fim com a sensação de que não foi vivido “direito”. Como explica Padre Emilson Ferreira, pároco da Paróquia São Luiz Gonzaga, em São Roque (SP), “quando a gente passa por crises, começa a rever conceitos. É um momento propício a reavaliar a vida”.
Na busca pelo fortalecimento do autoamor e do autocuidado, Padre Emilson estimula que cada pessoa se pergunte: “Quem sou eu para Deus? Se Deus me ama, como eu posso me amar mais? Existe uma busca por viver ou reviver o amor de Deus”. É muito importante se sentir amado e querido, cuidar do físico e da espiritualidade. Esses cuidados devem passar por questões como alimentação, sono, atividade física e consciência da oração.
Então, quais serão suas ações por você neste ano? Uma dica é ter o caminho do objetivo como meta e não apenas o resultado. Por exemplo: se você quer acordar mais cedo todos os dias, que tal se comprometer a ir deitar e fazer suas orações mais cedo que o de costume? Mais que mudanças radicais, precisamos de transformações reais, que se tornem hábitos ou parte da vida.
Nos últimos anos, quantas vezes ao sair em família ou visitar parentes todos ali davam mais atenção ao celular e redes sociais que a estar realmente presente para aqueles pessoas? Ou a aproveitar mais aquele momento em si que a foto feita dele? Com a pandemia e mais distanciamento social, é comum ver as pessoas comentando sobre a saudade sentida de estar junto, do abraço ou apenas de estar perto. “A coisa mais linda que vejo é quem acordou na pandemia e viu a importância de dar o seu tempo ao outro”.
Para falar sobre isso, o sacerdote citou a passagem “Tudo concorre para o bem daqueles que amam a Deus” (Romanos 8,28). Como amar a Deus também é amar ao próximo como a ti mesmo, estar mais aberto às pessoas é uma das coisas importantes que esses tempos tão difíceis trouxeram. “Não digo que a pandemia é boa, mas também relembra que mesmo diante de dificuldades extremas e dores profundas, podemos tirar algo bom, que é valorizar o próximo”, reforça.
Pode até não ser logo perceptível, mas o desejo de ser melhor para si e para a família é passo para chegar ao ideal de busca do bem coletivo. O padre comenta que os transtornos de 2020 afetaram bastante as pessoas além das questões de saúde e financeiras, mas em suas razões de existir. Prova disso são as constantes ações e mobilizações de solidariedade pelos mais afetados e de gratidão pelos que se mantiveram na linha de frente, como profissionais da saúde, da limpeza e dos setores de alimentos.
O desafio por uma sociedade melhor em 2021 é continuar a demonstrar essa gratidão e ser mais agradável, prestativo e acolhedor com todos. Dar mais valor a quem passa na rua, a quem se encontra nas atividades do dia a dia. “Um sorriso ou um tempo dedicado a cumprimentar alguém pode ser também uma maneira de evangelizar, porque é aquilo que a pessoa precisa, é o que vai fazer a diferença no dia dela”, comenta o Padre, que também deixa a reflexão.
Se gostamos de ser bem tratados e de ter atenção, vamos então sempre fazer isso com quem encontramos? E sempre vale lembrar, como está na oração que Jesus nos ensinou, “o Pai é nosso, o pão é nosso”.
Deixe seu comentário sobre o que você achou do conteúdo.
Assine nossa newsletter, receba nossos conteúdos e fique por dentro
de todas as novidades.