O uso da Inteligência Artificial (IA) no ambiente de trabalho tem crescido rapidamente. Pode ajudar em agilidade e eficiência em diversas tarefas, porém também traz muitos desafios e riscos que exigem atenção, como os relacionados à segurança. Muitas ferramentas de IA estão disponíveis em plataformas abertas, conhecidas como “IA pública”, como ChatGPT (OpenAI), Gemini (Google) e Bing Chat (Microsoft). Essas plataformas utilizam os dados inseridos pelos usuários para aprimorar seus modelos, o que pode gerar preocupações em relação à privacidade e segurança da informação.
Qual a solução ideal então? Não utilizá-las ou usar sem preocupação? Existe uma via correta no meio desse caminho. Para encontrá-la, é essencial saber como utilizar a IA de forma responsável e garantir que sua aplicação contribua para a produtividade sem comprometer dados sensíveis.
Confira as principais dicas para um uso seguro e eficiente:
Antes de utilizar ferramentas de IA, é importante saber como operam. Muitas armazenam as informações inseridas para melhorar seus modelos, o que significa que dados compartilhados podem ser retidos e utilizados para futuros aprimoramentos. Isso pode expor informações sigilosas caso não haja um cuidado prévio na seleção do que é inserido.
Exemplo prático:
Imagine um colaborador que pede ajuda à IA para revisar um contrato e, sem perceber, cola trechos com cláusulas confidenciais. Se a plataforma utilizada armazenar essas informações, poderão ser usadas para treinar futuros modelos, representando um risco de vazamento de dados.
Nem todo dado pode ser inserido em uma ferramenta de IA pública. Faça uma avaliação prévia e compartilhe apenas informações que não comprometam a empresa, os colaboradores ou os fornecedores.
Exemplo prático:
Se precisar de ajuda para redigir um e-mail importante, reescreva os detalhes sensíveis antes de inserir no chat. Substitua nomes e informações estratégicas por termos genéricos.
Se for necessário exemplificar um problema, tente criar cenários fictícios ou genéricos, sem dados que possam identificar pessoas ou projetos.
Exemplo prático:
Em vez de perguntar à IA “Como posso resolver o problema financeiro da empresa X, que perdeu 20% da receita?”, reformule para algo mais genérico: “Quais estratégias uma empresa pode adotar ao enfrentar queda de receita?”
A IA pode gerar respostas rapidamente, mas isso não significa que todas sejam precisas ou confiáveis. Antes de aplicar qualquer informação, verifique a consistência e consulte fontes adicionais.
Exemplo prático:
Se a IA fornecer um dado estatístico para um relatório, verifique a fonte original antes de utilizá-lo. Informações incorretas podem comprometer a credibilidade do seu trabalho.
Evite copiar e colar partes de contratos, relatórios ou documentos internos diretamente na IA. Faça uma revisão cuidadosa e remova qualquer dado sigiloso antes de usar a ferramenta. Tenha atenção também na hora de copiar a resposta gerada pela IA e copiar em outro local (limpe a formatação antes).
Mesmo que a plataforma prometa proteção de dados, sempre há riscos de falhas de segurança. Portanto, evite inserir qualquer informação que não deva ser vista fora do ambiente corporativo.
As empresas que criam essas ferramentas reconhecem a importância do uso responsável e disponibilizam diretrizes para evitar problemas. A Microsoft, por exemplo, recomenda seguir as políticas internas das empresas e utilizar apenas serviços de IA autorizados. A empresa também alerta que a IA pode conter vieses e reforça a necessidade de validar as respostas antes de utilizá-las.
Seguindo as boas práticas, é possível aproveitar as vantagens da IA sem comprometer a segurança e a privacidade das informações. O uso responsável da tecnologia garante que ela seja uma aliada no dia a dia profissional – e não mais um desafio ou potencial problema.
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