Você deve lembrar dos momentos em que sua mãe, a avó ou uma tia preparavam um prato de comida ou um lanche para levar a alguém mais necessitado. Nas famílias, é comum que parta delas a iniciativa de socorrer alguém, como é próprio de seu comportamento materno. Por meio da ternura das mães, a ternura do próprio Deus chega aos seus filhos.
Por falar em mãe, bem no mês delas, temos uma muito especial, que é Virgem Maria sob o título de Nossa Senhora dos Pobres. Isso mesmo, a Mãe de Jesus é mãe de todos os pobres.
Tudo começou quando em 1933, quando Nossa Senhora apareceu na cidade de Banneux (lê-se Banô), na Bélgica, a uma menina chamada Mariette. Sua família não era muito religiosa, por isso, ela se esforçava para aprender sozinha sobre a fé. No dia 15 de janeiro, enquanto olhava pela janela de sua humilde casa, viu uma bela dama, com vestido e véu branco, cercada de luz e atada na cintura com um cinto azul. Proibida pela mãe de sair de casa, Mariette não pôde se aproximar da visão, que logo desapareceu.
Três dias depois, a visão apareceu novamente e chamou Mariette para a estrada. Ela obedeceu e a seguiu até uma poça d’água. Ali, Nossa Senhora mandou que colocasse a mão sobre a água, pois se tratava de uma fonte que estava reservada para a Santa Mãe de Deus. Até hoje essa poça jorra mais de dois mil galões de água diariamente, e muitos que bebem dela são milagrosamente curados.
Na terceira aparição, a bela dama se identificou com o título de Virgem dos Pobres, que popularmente se tornou conhecida como Nossa Senhora dos Pobres. Na quarta aparição, Ela também pediu para que fosse construída uma capela em Sua honra, o que logo foi feito. Todavia, com um número cada vez maior de peregrinos, logo o local se tornou um famoso santuário mariano. Da quinta visão em diante, Nossa Senhora revela para Mariette que deseja aliviar o sofrimento do seu povo, sendo aquela fonte um sinal para todas as nações. Maria pede que ela reze muito, inclusive lhe mostrando os perigos que se abateriam sobre o mundo. As aparições de Nossa Senhora dos Pobres foram oficialmente reconhecidas pela Igreja em 1949. Mas, antes disso, muitas conversões aconteceram.
Quando as aparições completaram cinquenta anos, Papa São João Paulo II declarou que “as aparições de Banneux convidam os cristãos a interrogar-se sobre o mistério do sofrimento, cujo significado se encontra no mistério da Cruz do Senhor. Diante do sofrimento, que não pode ser explicado do ponto de vista humano, o crente volta-se espontaneamente para Deus, que é o único que o pode ajudar a suportá-lo e a vivê-lo, e que alimenta a esperança da salvação e da felicidade eterna, de modo particular, com ternura e amor”.
Publicado originalmente no Jornal do Evangelizador
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