As histórias de fé e os milagres feitos por Jesus são partes valiosas dos ensinamentos bíblicos que nos mostram o poder, a força e a misericórdia daquele que deu Sua vida por nós. Uma das passagens bíblicas marcantes traz ‘A cura do paralítico no tanque de Betesda’, episódio mencionado somente no Novo Testamento.
Se você não lembra com clareza dessa narrativa, o IDe+ vai te ajudar: João 5, 1-15, compartilha um acontecimento ocorrido no famoso Tanque de Betesda, um local visitado por muitas pessoas enfermas e inválidas que buscavam, com esperanças, serem curadas quando as águas do tanque fossem agitadas. Essa agitação era causada por um anjo do Senhor.
O primeiro que entrasse no tanque, depois de agitadas as águas, era curado de qualquer doença que tivesse. Ali, naquele dia narrado por João, um homem de 38 anos, paralítico, se lamentava pois sua falta de mobilidade o impedia de ser ágil e conseguir ser o primeiro a entrar no tanque para receber a cura. Foi quando Jesus apareceu e mudou essa situação.
“Quando o viu deitado e soube que ele vivia naquele estado durante tanto tempo, Jesus lhe perguntou: “Você quer ser curado?” Disse o paralítico: “Senhor, não tenho ninguém que me ajude a entrar no tanque quando a água é agitada. Enquanto estou tentando entrar, outro chega antes de mim”. Então Jesus lhe disse: “Levante-se! Pegue a sua maca e ande”. Imediatamente o homem ficou curado, pegou a maca e começou a andar. Isso aconteceu num sábado, e, por essa razão, os judeus disseram ao homem que havia sido curado: “Hoje é sábado, não é permitido a você carregar a maca”. (João 5, 6-10).
Neste dia, Jesus nos mostrou, mais uma vez, sua bondade e amor. O relato bíblico mostrou que o paralítico não foi curado pelas águas milagrosas do Tanque de Betesda ou pela ação do anjo do Senhor, mas sim, pela graça de Jesus.
Para mergulhar na história, precisamos conhecer e entender um pouco mais sobre esse famoso local. E, para isso, é preciso sinalizar que esse episódio, por si só, já desperta muitas curiosidades dos leitores da Bíblia. Componentes como a localização atual de Betesda ou a agitação do anjo nas águas, despertam o imaginário.
Conforme o texto bíblico, o Tanque de Betesda era um reservatório de água que ficava próximo à Porta das Ovelhas, em Jerusalém. Ele tinha cinco pórticos (varandas) em volta, onde doentes se reuniam e aguardavam curas milagrosas.
Em 1888, descobertas arqueológicas trouxeram novas narrativas a esse episódio: escavações feitas no nordeste de Jerusalém, nas ruínas do terreno da igreja de Santa Ana, apontaram um tanque que satisfaz as possíveis características do Tanque de Betesda. Trata-se de um grande tanque duplo.
Na descoberta arqueológica, a área total dos tanques alcançava cerca de 50 por 100 metros e, assim como no texto bíblico, havia cinco pórticos nesse tanque. Mas, o que mais chamou a atenção nessas escavações foi a presença de uma pintura desbotada na parede que mostra um anjo agitando a água. Para muitos historiadores e estudiosos, esse é um indicativo de que os primeiros cristãos já consideravam esse tanque como sendo o Tanque de Betesda.
Ainda hoje, não tiveram fim as discussões sobre a localização precisa do tanque, mas o local citado e encontrado nas descobertas arqueológicas é um espaço de visitação e peregrinação.
A partir das descobertas e estudos arqueológicos, alguns estudiosos consideram que havia duas piscinas nas proximidades do Templo: uma piscina seria o tanque de Betesda, próxima à porta das ovelhas; e a outra seria o tanque de Siloé, junto ao jardim. Segundo eles, as duas piscinas estariam ligadas a uma fonte de água intermitente, responsável por alimentar os reservatórios.
Em outro texto bíblico, também do livro de João, Jesus curou um homem cego de nascença e o mandou se lavar no tanque de Siloé.
“E disse-lhe: Vai, lava-te no tanque de Siloé (que significa o Enviado). Foi, pois, e lavou-se, e voltou vendo. Então os vizinhos, e aqueles que dantes tinham visto que era cego, diziam: Não é este aquele que estava assentado e mendigava? Uns diziam: É este. E outros: Parece-se com ele. Ele dizia: Sou eu. Diziam-lhe, pois: Como se te abriram os olhos? Ele respondeu, e disse: O homem, chamado Jesus, fez lodo, e untou-me os olhos, e disse-me: Vai ao tanque de Siloé, e lava-te. Então fui, e lavei-me, e vi”. (João 9, 7-11).
Assim como no episódio do Tanque de Betesda, foram as palavras de Jesus Cristo as responsáveis pelo poder de cura, e não as águas do reservatório.
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