Conheça o Museu Pio Cristiano, símbolo e arte da Igreja primitiva

Conheça o Museu Pio Cristiano, símbolo e arte da Igreja primitiva Estátua do Bom Pastor, encontrada nas catacumbas romanas, faz parte do Museu Pio Cristiano

Entre os espaços que compõem os Museus do Vaticano, um em especial guarda memórias que falam da fé dos primeiros cristãos. O Museu Pio Cristiano foi fundado em 1854 pelo Papa Pio IX, dois anos após a criação da Pontifícia Comissão de Arqueologia Sagrada, para preservar e valorizar a herança das comunidades cristãs das origens.

O museu foi organizado por dois grandes estudiosos da arqueologia cristã, Giuseppe Marchi e Giovanni Battista de Rossi, que se dedicaram a reunir inscrições, fragmentos de afrescos, mosaicos e sarcófagos retirados das catacumbas de Roma. Inicialmente instalado no Palácio Lateranense, foi transferido em 1963 para o Vaticano por iniciativa de São João XXIII. A nova disposição foi inaugurada em 1970, pelo Papa São Paulo VI.

A riqueza do acervo

O Museu Pio Cristiano apresenta duas grandes seções:

1. A coleção monumental, com sarcófagos ricamente esculpidos, baixos-relevos e obras que representam símbolos e passagens bíblicas. Entre as imagens mais conhecidas estão as representações de Cristo como Bom Pastor, os milagres de Jesus e cenas do Antigo Testamento.

2. A seção epigráfica, com inscrições funerárias e memoriais dos primeiros cristãos, que testemunham sua esperança na vida eterna. Muitas dessas peças podem ser consultadas apenas por especialistas, mas algumas estão expostas ao público.

Foto: reprodução

Entre os destaques do acervo está a estátua do Bom Pastor, encontrada nas catacumbas romanas. Ela traz a imagem de Cristo carregando a ovelha nos ombros, símbolo da ternura e da proteção divina. Curiosamente, a peça foi alvo de restaurações já no século XVIII, quando recebeu intervenções que modificaram parcialmente sua forma original.

Outro detalhe interessante é que o museu guarda peças retiradas de antigos cemitérios e basílicas de Roma, como fragmentos de mosaicos e afrescos que ajudam a compreender como a fé era expressa nas primeiras comunidades.

Uma curiosidade é que muitos dos sarcófagos expostos trazem cenas bíblicas que funcionavam como catequese em pedra: Jonas engolido pelo peixe, Daniel na cova dos leões, a multiplicação dos pães. Esses símbolos eram compreendidos pelos cristãos perseguidos como sinais de esperança e vitória da vida sobre a morte.

Foto: reprodução

 

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