O fim do ano litúrgico é marcado pela festa de Cristo Rei, que destaca o reinado de Jesus Cristo e seu significado para a vida de cada um dos Seus filhos. A celebração é sobre a coroação de espinhos imposta a Jesus, uma zombaria que contrasta com a grandiosidade do seu reinado celestial, mas que revela o seu poder e humildade.
A festa mostra que Jesus Cristo é rei e soberano sobre todas as coisas e tem origem no momento que ele foi coroado com espinhos pelos soldados romanos, vestido com um manto de púrpura e zombado como Rei dos Judeus. O episódio foi retratado no Evangelho de João (João 19,2–5). No entanto, a verdadeira realeza de Cristo transcende os limites terrenos, como ele próprio afirmou durante seu julgamento por Pilatos.
Jesus proclamou sua realeza, mas de uma natureza diferente do poder como as pessoas estavam acostumadas a ver e afirmou: “meu reino não é deste mundo”. Seu reinado se estende aos corações daqueles que acolhem seus ensinamentos e buscam viver conforme seus princípios de amor, misericórdia e justiça.
Cristo Rei é a confirmação e certeza da vitória sobre o mal e a morte. Sua realeza se revela na cruz, onde Ele triunfa sobre o pecado e oferece a redenção à humanidade.
A coroa de espinhos, uma relíquia da Paixão de Cristo, foi tema da pesquisa do jornalista e especialista em relíquias Fábio Tucci Farah. Ele questionou a representação tradicional da coroa e apontou discrepâncias entre a iconografia comum e os testemunhos históricos, segundo o Vatican News.
De acordo com suas descobertas, a imagem consagrada da Coroa de Espinhos não corresponde à realidade. A relíquia preservada na Catedral de Notre-Dame, Paris, sobreviveu ao incêndio e se revelou como um círculo de juncos, desprovido de espinhos, o que desafia a concepção tradicionalmente aceita.
Farah sugere em sua pesquisa que a Coroa de Espinhos poderia, na verdade, ser um turbante de espinhos. Estudos indicam que os soldados romanos poderiam ter se inspirado nos adornos sagrados do Sumo Sacerdote judeu para confeccionar a coroa de maneira diferente do que a iconografia tradicional retrata.
A pesquisa de Farah busca também atrair outros estudiosos para a discussão e sobre a relíquia da Paixão de Cristo. Seu trabalho não se limita à Coroa de Espinhos, mas de relíquias sagradas em geral.
“Temos uma imagem bastante clara de como era a Santa Cruz, a lança que perfurou o torso de Cristo, a Santa Síndone. Porém, a imagem mais conhecida da Coroa de Espinhos não corresponde à realidade. A imagem que temos da Coroa de Espinhos contradiz importantes testemunhos históricos e pesquisas recentes sobre a Santa Síndone e o Sudário de Oviedo. A iconografia ocidental consagrou imagem da Coroa de Espinhos em forma da coroa triunfal romana. Em abril do ano passado, o incêndio na Catedral de Notre-Dame, de Paris, trouxe à tona essa imagem equivocada da Coroa de Espinhos: ali estava custodiada a relíquia mais afamada da Coroa de Espinhos adquirida por São Luís. Essa relíquia, graças a Deus salva do incêndio, trata-se de um círculo de juncos trançados, desprovido de espinhos. Não é uma relíquia falsa, na realidade, é apenas uma peça da Coroa de Espinhos original”, esclarece o pesquisador ao Vatican News.
Deixe seu comentário sobre o que você achou do conteúdo.
Assine nossa newsletter, receba nossos conteúdos e fique por dentro
de todas as novidades.