No mês de junho, sempre são registrados mais casos de queimaduras. Aumentam consideravelmente os atendimentos em unidades de pronto-socorro em todo o país. Os principais responsáveis são os acidentes causados por fogos de artifício e por fogueiras nos festejos juninos.
Para evitar acidentes, bombeiros, médicos e até mesmo os fabricantes de fogos de artifício dão orientações de segurança para quem tem o costume de comprar esses produtos para soltá-los durante as festas.
Apesar de a venda só ser permitida para maiores de 18 anos, quem tem criança em casa precisa redobrar os cuidados. A beleza das faíscas coloridas e os estrondos podem acabar com a festa de muita gente.
Para quem faz questão de manter a tradição, mesmo sabendo dos riscos, o Corpo de Bombeiros recomenda comprar fogos apenas em estabelecimentos credenciados e verificar sempre a data de validade e as condições do produto. Muitos acidentes são causados por falhas de fabricação, principalmente os retardos de acionamento, no caso de bombas e rojões, sempre os mais perigosos. Também é fundamental ler atentamente as instruções de uso contidas nas embalagens.
Todos os cuidados devem ser tomados na hora de soltar os fogos. Os bombeiros orientam ir para um local aberto, longe de vegetação, fios, árvores, marquises, distante de pessoas adultas e, sobretudo, de crianças.
A responsabilidade é grande, por isso outra recomendação importante dos militares é evitar brincadeiras inoportunas na hora de acionar os dispositivos – como apontar o rojão para outra pessoa – e não consumir bebidas alcoólicas durante a soltura.
É cada vez mais aconselhável dar preferência aos fogos de efeito luminoso em vez de bombas e rojões. Além dos riscos de queimadura e até de dilaceramento de membros, os estrondos e explosões prejudicam animais domésticos, idosos e pessoas doentes ou em recuperação.
De acordo com o diretor da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Mão, em entrevista à Agência Brasil, queimaduras em adultos, jovens e crianças, provocadas por fogos de artifícios são as de maior frequência nos hospitais. As mãos são os membros mais afetados, devido à exposição direta durante o uso.
O Brasil registrou 218 mortes por acidente com fogos de artifício nos últimos 21 anos, segundo dados do Conselho Federal de Medicina, com registros nesse período de 84 acidentes fatais na região Sudeste, 75 na região Nordeste e 33 na região Sul. Centro-Oeste e o Norte registraram, juntos, 26 óbitos.
O uso inadequado de fogos de artifício pode provocar, além de queimaduras, lesões com lacerações e cortes, amputações de membros, lesões de córnea ou perda da visão, bem como lesões auditivas.
Um dos maiores símbolos do período junino, as fogueiras também são responsáveis por causar acidentes, caso não sejam tomados os devidos cuidados, antes e depois de serem acesas.
De acordo com as orientações do Corpo de Bombeiros, as fogueiras devem ser acesas em locais abertos, distantes da rede elétrica, de árvores e marquises. É recomendável fazer uma limpeza ao redor do local da fogueira e retirar materiais inflamáveis e fogos de artifício.
Deve-se usar pouca madeira para não causar chamas muito altas, bem como evitar brincadeiras, mesmo as mais tradicionais, como pular fogueira. Todo o cuidado com as crianças.
(Fonte: Agência Brasil / Site Brasil 61)
Deixe seu comentário sobre o que você achou do conteúdo.
Assine nossa newsletter, receba nossos conteúdos e fique por dentro
de todas as novidades.