Descobertas arqueológicas em Jerusalém confirmam relato bíblico sobre rei Ozias

Descobertas arqueológicas em Jerusalém confirmam relato bíblico sobre rei Ozias Cidade de Davi, Jerusalém

Escavações no sítio arqueológico da Cidade de Davi, em Jerusalém, revelaram a descoberta de uma muralha que fortalece, para a ciência, relatos bíblicos sobre o rei Ozias, também conhecido como Uzias ou Azarias. A descoberta desafia a crença anterior de que essas estruturas foram construídas pelo rei Ezequias, bisneto de Ozias, cerca de 2.700 anos atrás.

Os pesquisadores da Autoridade de Antiguidades de Israel, da Universidade de Tel Aviv e do Weizmann Institute of Science, anunciaram suas descobertas em um artigo publicado na revista científica PNAS (Proceedings of the National Academy of Sciences) na última semana de abril.

Veja texto bíblico que descreve as obras de Ozias:

“Uzias construiu torres fortificadas em Jerusalém, junto à porta da Esquina, à porta do Vale e no canto do muro. Também construiu torres no deserto e cavou muitas cisternas, pois ele possuía muitos rebanhos na Sefelá e na planície. Ele mantinha trabalhadores em seus campos e em suas vinhas, nas colinas e nas terras férteis, pois gostava da agricultura.” (2 Crônicas 26,9-10)

A datação por carbono-14 das ruínas encontradas coincide com o período atribuído ao rei Ozias no texto bíblico. Yuval Gadot, da Universidade de Tel Aviv, observou que a expansão de Jerusalém para o Oeste começou cinco gerações antes do que se acreditava anteriormente. Isso contradiz a ideia de que a expansão da cidade se deu após a chegada de refugiados do Reino de Israel no Norte, após o exílio assírio. As novas descobertas sugerem que Jerusalém começou a se expandir já no século 9 a.C., durante o reinado do rei Joás (ou Jeoás).

O período histórico de Jerusalém durante o reinado de Ozias tinha imensa dificuldade de datar artefatos e relíquias com precisão. Contudo, os cientistas superaram esse desafio utilizando a dendrocronologia, técnica que analisa os anéis de crescimento das árvores para calibrar as medições de carbono-14. Essa abordagem permitiu uma precisão de menos de 10 anos, uma melhoria significativa em relação às estimativas anteriores, que variavam entre 200 e 300 anos.

As conclusões foram alcançadas após quase uma década de estudos, com amostras de artefatos coletadas em quatro locais diferentes de escavação em Jerusalém. Entre eles, sementes de uvas, esqueletos de morcegos e restos de tâmaras.

Sítio arqueológico na Cidade de Davi, em Jerusalém

Além disso, os pesquisadores descobriram que Jerusalém já era uma cidade importante durante o século 10 a.C., nos dias dos reis Davi e Salomão. Ocupava áreas maiores do que se pensava anteriormente. Porções do sítio arqueológico da Cidade de Davi remontam aos tempos de Abraão, sendo uma cidade cananeia fortificada. O período de maior interesse para os pesquisadores é o de cerca de 3 mil anos, quando o rei Davi conquistou Jerusalém e a transformou na capital de um reino próspero.

Para quem deseja conhecer mais sobre a Cidade de Davi, informações sobre passeios guiados, atividades e eventos podem ser encontradas no site cityofdavid.org.il.

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