O mundo foi surpreendido pela notícia da morte do Papa Francisco, 88 anos, na manhã de ontem (21). O Santo Padre estava na Casa Santa Marta, onde morava e dava continuidade ao tratamento de saúde, depois de passar quase 40 dias internado com pneumonia no Hospital Gemelli, em Roma.
As causas da morte foram insuficiência cardíaca e acidente vascular cerebral (AVC), segundo a certidão médica e o horário atestado foi 7h35 em Roma (2h35 no Brasil). O documento médico também afirmou que o Pontífice apresentava histórico de insuficiência respiratória aguda por pneumonia bilateral multimicrobiana, bronquiectasias múltiplas, hipertensão arterial e diabetes tipo II.
Papa Francisco foi visto pelos fiéis pela última vez na celebração do Domingo de Páscoa. Assim que a Missa presidida pelo Cardeal Angelo Comastri terminou, o Pontífice apareceu na varanda da Basílica de São Pedro, desejou uma feliz Páscoa e abençoou milhares de pessoas que estavam na praça do Vaticano. Em seguida, subiu no papamóvel e andou em meio à multidão.
Último contato do Santo Padre com fiéis na Praça São Pedro./Imagem: reprodução Vatican Media
De acordo com o site Vatican News, após retornar para seu apartamento, ele descansou durante a tarde e jantou tranquilamente. Por volta das 5h30 da manhã, surgiram os primeiros sinais de indisposição, com a ação imediata de quem o acompanhava. Mais de uma hora depois, conforme descrito no Vatican News, acenou a Massimiliano Strappetti, enfermeiro que o assistia e, em seguida, entrou em coma. Quem esteve ao seu lado nos últimos momentos contou que foi tudo muito rápido e que Francisco não sofreu. Strappetti acrescentou que o Santo Padre estava grato por ter voltado à Praça São Pedro e ter ficado em meio ao povo uma última vez.
Antes de domingo, o Papa havia saído de casa apenas na Quinta-feira Santa, para visitar detentos numa prisão no centro de Roma.
A informação da morte aconteceu por um vídeo divulgado pela Santa Sé na manhã de ontem e a Igreja se uniu em oração. Missas e Terços foram rezados em memória do Papa Francisco.
Jesuíta e de hábitos simples, o testamento elaborado em 2022 contém basicamente a vontade do Pontífice em relação ao local de sepultamento.
“Sempre confiei a minha vida e o ministério sacerdotal e episcopal à Mãe do Nosso Senhor, Maria Santíssima. Por isso, peço que os meus restos mortais repousem, esperando o dia da ressurreição, na Basílica Papal de Santa Maria Maior”, escreveu Francisco.
A basílica fica em Roma, fora dos limites do Vaticano e era o local para onde ele se dirigia para rezar antes e depois de suas Viagens Apostólicas.
“O túmulo deve ser no chão; simples, sem decoração especial e com uma única inscrição: Franciscus”, pediu.
Finalmente, o Papa ofereceu o sofrimento de seus últimos anos ao Senhor, pela paz no mundo e pela fraternidade entre os povos.
Atividades relacionadas ao Jubileu 2025 estão mantidas, segundo a Santa Sé. Contudo, a canonização do Beato Carlo Acutis (o primeiro santo da geração millennial), que deveria acontecer no dia 27 de abril, está adiada até a escolha de um novo líder da Igreja Católica.
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