Quando alguma coisa ruim acontece na vida de alguém, é possível que essa pessoa culpe Deus. Tendemos a supor que foi a vontade de Deus que tal acontecimento se concretizasse. Mas será mesmo que Deus nos castiga? A representação de todo o amor e bondade do mundo pode nos fazer mal?
Padre Reginaldo Manzotti, em uma conversa durante a pandemia, explicou que Deus não envia o mal para a humanidade, mas permite que ele aconteça em algumas situações.
“Deus é sumamente bom, e tudo o que é sumamente bom não pode enviar maldade. No entanto, ele nos deu o livre arbítrio para tomar nossas decisões, porque não somos marionetes nas mãos de Deus. Sendo assim, Deus suporta nossos erros e entende quando não aprendemos as lições, permitindo que as coisas aconteçam conosco”, explica o Sacerdote.
O que o Padre Reginaldo explica é que tudo o que acontece conosco nada mais é que o resultado de nossas próprias escolhas.
Ou seja, os caminhos que percorremos e os lugares onde chegamos dependem necessariamente de nossas decisões. Deus nos ajuda, nos ensina, mas não é capaz de escolher por nós, e é por isso que colhemos o que plantamos, tal como ele nos falou.
“Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia para a sua própria carne da carne colherá corrupção; mas o que semeia para o Espírito do Espírito colherá vida eterna” (Gálatas 6, 7-8)
Quando colhemos ervas daninhas, fica mais fácil culpar Deus, porque temos dificuldade em assumir as consequências de nossos atos.
Ao refletir sobre a fala do Padre Reginaldo e a passagem bíblica citada, no entanto, percebemos que os resultados são consequências de nossas próprias escolhas. Deus não nos castiga, apenas nos deixa livres para decidir sobre o que vamos querer. É por isso que Ele permite que o mal nos atinja, mesmo que ele nos ame verdadeiramente.
Deus sabe que aprendemos muito com nossos erros, por isso mesmo nos ensinou a perdoar. O perdão é uma maneira de entendermos os equívocos em nossos direcionamentos de vida.
“Se o seu irmão pecar, repreenda-o e, se ele se arrepender, perdoe-lhe. Se pecar contra você sete vezes no dia, e sete vezes voltar a você e disser: ‘Estou arrependido’, perdoe-lhe” (Lucas 17, 3-4).
Aprender com os erros e buscar compreender que a Palavra de Deus é o caminho para a vida eterna nos ajuda a termos discernimento e compreensão sobre as vontades do Pai perante seus filhos. Isso significa que como humanos, erramos constantemente, mas quando compreendemos que este erro faz parte do processo de vida, entendemos o amor de Deus sobre nós.
Deus não castiga quem erra, e sim permite o benefício do perdão. Como nosso Pai, ele busca que sejamos bons, e também permite que sejamos humanos, com nossos erros e acertos. Quanto mais entendemos isso, mais nos aproximamos dEle.
“Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça” (João 1,9).
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