Dezembro Laranja: o que é preciso saber sobre câncer de pele e a novidade da vacina

Este é um mês especial para olhar com mais atenção para a pele. A campanha Dezembro Laranja é uma iniciativa da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Desde 2014, procura ampliar a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de pele, uma preocupação de saúde pública muitas vezes deixada de lado porque ele tem baixa taxa de mortalidade, embora possa ter desdobramentos graves. Esse é o câncer mais comum entre os brasileiros, representa 33% de todos os diagnósticos da doença, de acordo com a SBD.

Este ano, uma notícia trouxe mais esperança ao tema: a vacina terapêutica desenvolvida pela Moderna e pela MSD, recentemente chamada de “terapia inovadora” pela Food and Drug Administration (FDA), autoridade em saúde pública dos Estados Unidos. Utilizando a tecnologia do RNA mensageiro, a vacina demonstrou uma redução significativa de 44% nas mortes e recorrências do melanoma, um dos tipos mais letais de câncer de pele.

As expectativas giram em torno da imunidade do paciente como aliada no combate ao câncer. A combinação de um medicamento inibidor com a vacina apresenta resultados promissores. Em fase avançada de estudo, a pesquisa inclui uma população de cerca de 1.089 pessoas em 25 países, para testar a eficácia e segurança do tratamento.

Mesmo que esses estudos avancem, a prevenção e o diagnóstico precoce permanecem como os maiores aliados para evitar câncer de pele ou tratá-lo da maneira mais eficaz.

Tipos de câncer de pele

O câncer de pele é provocado pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele e pode ser subdividido em diferentes tipos:

• Carcinoma basocelular (CBC): é o tipo mais encontrado e surge mais frequentemente em regiões expostas ao sol, como face, orelhas, pescoço, couro cabeludo, ombros e costas. Tem baixa letalidade e pode ser curado em caso de detecção precoce. Costuma se apresentar como uma pápula vermelha, brilhosa, com uma crosta central, que pode sangrar com facilidade.
• Carcinoma espinocelular (CEC): pode se desenvolver em todas as partes do corpo, embora seja mais comum nas áreas expostas ao sol, como orelhas, rosto, couro cabeludo e pescoço. Tem coloração avermelhada e pode se parecer com uma verruga ou uma ferida espessa e que descama, que não cicatriza.
• Melanoma: o menos frequente dos cânceres da pele, o melanoma tem o mais alto índice de mortalidade. Apesar disso, as chances de cura são de mais de 90% quando detectado precocemente. Costuma ter a aparência de uma pinta ou de um sinal em tons acastanhados ou enegrecidos, que mudam de cor, de formato ou de tamanho.

Os principais fatores de risco, segundo a SBD, são:

• ter alguém na família que tem ou já teve câncer da pele;
• já ter tido muitas queimaduras de sol durante a vida, daquelas que deixam a pele muito vermelha e ardendo;
• ter muitas sardas ou pintas pelo corpo;
• ter a pele muito clara, do tipo que sempre queima no sol e nunca bronzeia;
• já ter tido câncer da pele;
• ter mais de 65 anos.

Apesar dos fatores de risco, qualquer pessoa está sujeita a ter câncer da pele. A melhor maneira de se proteger da doença, de manchas e de envelhecimento precoce é a prevenção, que inclui evitar o sol entre 9h e 15h, usar camiseta e chapéu e aplicar protetor solar FPS 30 ou maior diariamente.

Dezembro Laranja em 2023

Este ano, a campanha Dezembro Laranja terá um dia de atendimento gratuito em mais de 100 postos espalhados pelo Brasil. No dia 2 de dezembro, mais de 3.500 médicos dermatologistas e voluntários estarão disponíveis para orientar, diagnosticar e tratar casos de câncer de pele.

Informe-se e acompanhe as notícias da sua localidade para saber onde ocorrerá a ação.