“Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que morra, viverá. E quem vive e crê em mim não morrerá eternamente”.
Como está em João 11,25-26, assim Jesus prometeu. Ter essa certeza e fortalecê-la é um caminho para viver o Dia de Finados, em 2 de novembro, como uma data de saudade, lembrança e amor, mas não de tristeza.
Durante a Santa Missa de Finados de 2020, Padre Reginaldo Manzotti fez uma reflexão e comparou a vida e a chama da vela.
“A finalidade da nossa vida é também iluminar. Hoje, a Igreja faz uma das celebrações mais antigas, para rezar pelos que partiram. Saber que a nossa vida é finita tem um poder muito grande de saber que você e eu temos que valorizar o pouco desse tempo que podemos administrar”, compartilhou.
O Sacerdote disse ainda que sabe que esse dia é mais sensível, mas não gosta da palavra triste, principalmente para quem está vivendo o primeiro luto pela morte de um ente querido.
“O encostar de Jesus na humanidade foi para abrir os nossos olhos, pra dar nova perspectiva, para dizer que nós herdamos a condição de filhos coerdeiros da Graça e, portanto, o que nos espera é um lindo céu com Deus”, continuou Padre Reginaldo.
O Dia de Finados tem suas raízes na tradição cristã, sendo uma extensão do Dia de Todos os Santos, celebrado em 1º de novembro.
Acredita-se que essa celebração tenha sido estabelecida por São Odilon, Abade do Mosteiro de Cluny, no século X, como um dia dedicado a rezar pelas almas dos falecidos.
A data foi oficialmente instituída no século XIII pelo Papa Gregório IX e, desde então, tem sido uma parte fundamental do calendário litúrgico da Igreja Católica.
Ao contrário do que muitos possam pensar, não é um momento de luto eterno, mas de recordar com amor e carinho aqueles que não estão mais entre nós. É uma oportunidade de expressar gratidão e rezar pelas almas dos falecidos, pedindo por sua paz e descanso eterno, à luz das palavras de Jesus.
Em 2022, Papa Francisco visitou ao Cemitério Teutônico, situado nos Jardins do Vaticano. O pequeno cemitério, que remonta ao século XIX, é um local de repouso para membros da comunidade alemã que serviram na Cidade do Vaticano. Durante sua visita, o Papa honrou os túmulos dos falecidos, rezou pelas almas ali sepultadas e ofereceu palavras de conforto e esperança às famílias enlutadas.
Essa visita simbolizou a importância da oração e do respeito pelos que partiram. Também fez lembrar que a morte não é o fim, mas uma passagem para a vida eterna, conforme as palavras de Jesus em João 5,24:
“Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não entra em julgamento, mas passou da morte para a vida”.
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