Você sabe que o Brasil tem cerca de 30 milhões de pessoas que não consomem proteína animal? Nesta terça-feira, 1° de novembro, é celebrado o Dia Mundial do Veganismo – data estabelecida em 1994 pela Vegan Society, da Inglaterra, para dar destaque à postura de não consumo de qualquer produto de origem animal e seus derivados, além das marcas que realizam testes em animais.
No Brasil, não há dados sobre o número de veganos, mas uma pesquisa da Kantar IBOPE Media encomendada pela Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB) aponta que pelo menos 30 milhões são adeptos do vegetarianismo no país, isto é, não consomem carne, frango, peixe ou frutos do mar.
De acordo com Helry Costa, professor do curso de Nutrição da Estácio, as práticas alimentares veganas podem ajudar na prevenção de doenças cardiovasculares, casos de câncer, diabetes, hipertensão e controle do colesterol e triglicerídeos, por estar diretamente relacionada à diminuição do consumo de carnes, principalmente as processadas como salsicha e outros embutidos.
“As práticas vegetarianas e veganas incentivam a ingestão dos alimentos in natura, que são ricos em antioxidantes, em compostos bioativos e substâncias que vão auxiliar na prevenção do adoecimento. Além disso, têm pessoas que relatam uma melhor disposição, sono, trânsito intestinal e retardo do envelhecimento”, relata o nutricionista.
Entretanto, uma dúvida paira diante da baixa na ingestão de carne bovina: como suprir a quantidade de proteína necessária para o corpo? Segundo Helry, existem inúmeras possibilidades de substituição, como a soja, a lentilha e vegetais com aporte proteico elevado, mas o feijão com arroz combinados do dia a dia já formam um ótimo substituto.
Helry Costa, professor do curso de Nutrição da Estácio
“Ao juntar esses dois grupos de alimentos, uma leguminosa (feijão e grão de bico) e os cereais (arroz, milho), eles se complementam e formam uma proteína completa, que é necessária para nossa saúde, é um casamento perfeito”, explica.
Além da proteína, os veganos não consomem nenhum produto de origem animal, como leite, ovos e mel. Para esses também há substituições. O leite de vaca, por exemplo, pode ser trocado por oleaginosas que produzem uma substância viscosa similar, como castanha, aveia ou amêndoa.
Helry aponta ainda que a ideia dos sistemas alimentares saudáveis e sustentáveis é algo que podemos aprender com as práticas dos vegetarianos e veganos. “Cada vez mais, precisamos criar um sistema de onde possamos ter acesso a uma melhor forma de alimentação e que seja sustentável para o planeta, porque sabemos dos danos que a pecuária causa ao meio ambiente, com o desmatamento e produção de gases que agravam o efeito estufa”, indica.
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