Todo mundo já ouviu, pelo menos uma vez na vida, a máxima popular: nossa casa reflete o que somos. Por isso, cuidar do lugar que vivemos diz muito sobre nós. Além disso, faz bem para a saúde, para nosso bem-estar. Mas o nosso ‘cantinho’ no mundo não é nossa casa toda. É apenas um pedaço dela. O planeta é a casa que habitamos, feita por Deus para nós, e ele também precisa de cuidado.
Por isso, o dia 22 de abril foi instituído como Dia Internacional da Terra. Segundo o Engenheiro Florestal, Marshall Watson Herbert, a data foi instituída pela Organização das Nações Unidas em 2009.
“A importância se dá para incentivar os Governos de Países, órgãos da ONU, sociedade civil, organizações não-governamentais e demais entidades a desenvolver consciência sobre a importância de preservação do meio ambiente”, detalhou.
É um momento para olharmos para dentro do nosso lar e refletirmos sobre como estamos cuidando de tudo que recebemos de Deus.
Infelizmente, em 2022, chegamos ao contexto da data sob alerta de que não estamos fazendo nossa parte e os prazos dados para chegarmos ao ponto em que mudanças climáticas se tornem irreversíveis está próximo. Em níveis internacionais, chegamos, na última década, ao nível mais alto de gases do efeito estufa da história.
A realidade do contexto nacional não é diferente. Conforme o engenheiro florestal, os principais dados de proteção ambiental no Brasil se dão pelos índices de desmatamento, pelo fato de sermos um país mundialmente conhecido pela floresta amazônica e pela grande disponibilidade de recursos hídricos.
Os números escancaram esse fato. A maior parte das emissões brasileiras de gases do efeito estufa se deu pelo desmatamento. No Brasil, ele foi responsável por 46% do total de emissões.
“No país, os índices de desmatamento estão acelerando nos últimos anos, pelo garimpo ilegal e transformação de grandes áreas nativas em áreas de pastagem para o gado, em consequência disso, no Paraná não é diferente. Somos um estado conhecido pelas grandes extensões de floresta de Araucária que também vem perdendo espaço nos últimos anos por atividades madeireiras e de agricultura/pecuária”.
Sabemos o poder das fiscalizações, das políticas públicas e do impacto das ações governamentais firmes para enfrentar problemas mundiais como esse. Mas, delegar apenas ao outro essa responsabilidade não salvará, de forma alguma, nosso planeta.
“Embora tenha havido um reforço nas fiscalizações, é praticamente impossível monitorar toda a área do Estado, bem como a do Brasil, que é considerado um país de extensões continentais”, enfatizou o engenheiro florestal.
Talvez, então, a resposta para essa dúvida seja de ambos. Deus é o criador de tudo que existe e confiou a nós o cuidado por cada detalhe da natureza. Tudo foi feito para ser um ambiente bom para vivermos em comunidade. Podemos, sem titubear, dizer que estamos cumprindo nossa missão? “Do Senhor é a terra e tudo o que nela existe, o mundo e os que nele vivem” (Salmos 24:1). Como podemos amar a Deus se destruímos e maltratamos sua obra?
Se nos entristecemos ao perceber que nossa casa pede socorro, devemos nos alegrar e arregaçar as mangas pois ainda há tempo. Como seres de fé e como cidadãos, devemos fazer a nossa parte. Quando ouvimos discursos como “as medidas urgentes são o reflorestamento e a redução do uso de combustíveis fósseis, privilegiando fontes limpas como biomassa, a eólica e a solar”, acabamos não nos identificando ou nos sentindo potentes de ajudar em algo relevante, não é?
Precisamos sempre nos lembrar que as pequenas ações que desenvolvemos hoje resultarão em impactos no futuro. Logo, se tratarmos o meio ambiente sem o devido cuidado, as gerações futuras poderão sofrer com escassez de água, de alimentos e aumento da severidade do clima.
“Todo o ecossistema é interligado, e quando tiramos uma parte dele, as outras não funcionarão da forma correta”, alertou o engenheiro florestal.
– separar o lixo orgânico do reciclável;
– diminuir o consumo de água tratada ao fechar a torneira quando escovamos os dentes;
– diminuir o tempo do banho para no máximo de 7 a 10 minutos;
– andar mais a pé para economizar combustíveis e, consequentemente, diminuir a emissão de poluentes resultante da queima de combustíveis fósseis
Esses hábitos, segundo Marshall, também são formas de cuidarmos de nossa saúde, pois como seres humanos, devemos nos lembrar que fazemos parte desse ecossistema que tanto queremos salvar.
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